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Reserva Federal corta taxas de juro em 25 pontos base para 1,75%-2%

O banco central liderado por Jerome Powell repetiu a dose, após em julho ter feito o primeiro corte na ‘federal funds rate’ em mais de uma década.
  • Kevin Lamarque/Reuters
18 Setembro 2019, 19h00

A Reserva Federal (Fed) norte-americana cortou esta quarta-feira a taxa de juro diretora em 25 pontos base, para um intervalo de 1,75% a 2%, em linha com as estimativas da maioria dos investidores e economistas.

A decisão foi anunciada, em comunicado, no final da reunião de dois dias do Federal Open Market Committee (FOMC). “À luz das implicações dos desenvolvimentos globais para o outlook económico e também das ténues pressões inflacionárias, o Comité decidiu cortar o intervalo alvo da federal funds rate para 1,75% a 2%”, referiu.

A descida da federal funds rate é a segunda este ano. A 31 de julho, o banco central liderado por Jerome Powell anunciou um corte de 25  pontos base, o primeiro em mais de uma década e que representou uma viragem na política monetária da maior economia do mundo. Desde 2015, a Fed prosseguia num processo de ‘normalização’ dessa política, tendo no ano passado subido a taxa de juro quatro vezes até chegar ao intervalo de 2,25% a 2,50%.

No entanto, este ano Powell tem salientado os riscos negativos que o outlook da economia dos Estados Unidos enfrenta, nomeadamente a guerra comercial com a China, o abrandamento da economia global e a ténue inflação.

Após a reunião de julho, o chairman da Fed explicou, no entanto, que o corte na taxa de juro fora apenas um ajuste a meio do ciclo económico e que não representava o início de uma longa série de cortes.

O corte anunciado pela Fed esta quarta-feira era esperado pelos analistas, mas o rumo da política monetária nos próximos meses é mais difícil de projetar, pois o FOMC parece estar fragmentado, com alguns membros a favor de novos cortes e outros contra. Adicionalmente, as circunstâncias que fundamentaram os dois cortes este ano podem estar a mudar – há sinais de algum arrefecimento na guerra comercial e a inflação está a acelerar.

A Fed explicou que a decisão de hoje suporta a visão do FOMC que a expansão sustentada da atividade económica, condições fortes no mercado de trabalho e a inflação perto do objetivo simétrico de 2% são os resultados mais esperados, mas permanecem incertezas sobre o outlook.

“À medida que o Comité contemplar o caminho futuro do intervalo alvo para a federal funds rate, irá continuar a monitorizar as implicação da informação que recebe sobre o ‘outlook’ económico e agir de forma apropriada para sustentar a expansão”, salientou, num eco da mensagem que Powell tem vindo a passar nos últimos meses.

Segundo o dot plot, gráfico que ilustra as projeções  do membros do FOMC,  apenas sete decisores acreditam que a taxa de juro diretora irá sofrer mais um corte de 25 pontos base até ao final do ano, enquanto cinco vêem nenhuma alteração e cinco prevêem uma subida de retorno aos 2%-2.25%.

[Atualizada às 19h13]

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