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Reserva Federal opta por manter inalterada taxa de juro de referência norte-americana

A instituição liderada por Jerome Powell mantém assim o seu programa de compra de ativos, apesar da expectável subida da inflação decorrente da aceleração da economia norte-americana, que se encontra já numa fase plena de recuperação.
28 Abril 2021, 19h00

A Reserva Federal norte-americana decidiu esta quarta-feira manter inalterada a taxa de juro de referência da maior economia do mundo, como anunciou a autoridade financeira daquele país na comunicação marcada para o efeito. A ‘Fed’ adia assim a decisão apontada por muitos analistas como inevitável de subir a taxa benchmark, dada a aceleração da recuperação nos EUA.

A taxa mantém-se assim a rondar o zero, com o banco central a sublinhar o seu compromisso “atingir uma inflação moderadamente acima dos 2% durante algum tempo, de forma a que esta resulte numa média” da mesma ordem, o que coloca a expectativa de variação de preços no longo prazo ancorada acima deste valor.

“O Comité espera manter uma abordagem acomodatícia na política monetária até estes resultados serem atingidos”, pode-se ler na comunicação que informou da decisão do regulador.

Adicionalmente, a nota faz saber que a ‘Fed’ irá “continuar a aumentar os títulos do Tesouro que detém por pelo menos 80 mil milhões de dólares (66,16 mil milhões de euros) por mês e de títulos garantidos por hipotecas em pelo menos 40 mil milhões de dólares (33,08 mil milhões de euros) até ser atingido mais progresso na obtenção dos objetivos de emprego e estabilidade de preços do Comité”.

A instituição liderada por Jerome Powell tem vindo a receber atenção dos mercados e economistas, dada a expectativa de subida da taxa de juro de referência no país. No entanto, as perspetivas para a avaliação concluída esta quarta-feira passavam pela não alteração da taxa, cenário que se confirmou, com o banco central a preferir um cenário mais sustentado e próximo do pleno emprego antes de tomar uma decisão de tal natureza.

A decisão prende-se com uma estratégia de não contenção da inflação, que deverá acelerar nos próximos meses perante o aquecimento da economia norte-americana. A Reserva Federal mantém assim o seu programa de compra de ativos, de forma a continuar a apoiar a recuperação no país que a determinado ponto foi o mais afetado pela pandemia de Covid-19 no mundo.

O anúncio surge ainda no dia anterior à divulgação dos dados preliminares do crescimento americano no primeiro trimestre do ano, com os analistas a apontarem para 6,5%, segundo a CNBC.

[notícia atualizada às 19h11]

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