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Respostas Rápidas. Brexit: o que vai acontecer agora?

Depois do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia por parte do Conselho Europeu ainda existe uma elevada probabilidade de chumbo no parlamento britânico.
27 Novembro 2018, 07h40

O que se passou este fim-de-semana?
O Conselho Europeu aprovou este domingo de manhã o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit). O anúncio foi feito pelo presidente desta instituição, Donald Tusk, na rede social Twitter. Depois dos 27 chefes de Estado e governo da UE, o parlamento britânico terá de pronunciar-se sobre o acordo de saída do Reino Unido da UE — um tratado jurídico com 585 páginas e três protocolos anexos.

O que ainda pode acontecer?
A maioria dos deputados britânicos não parece estar de acordo com o acordo apresentado por Theresa May, o que significa que a primeira-ministra terá de os convencer nas próximas semanas. Dado a elevada probabilidade de chumbo no Parlamento britânico, estará, alegadamente, em preparação um outro acordo, um plano B, alheio a May e ao seu governo, noticiou o jornal britânico The Independent. O governo pode tentar estender o prazo além de março de 2019 ou mesmo deixar a UE sem um acordo. Tanto Theresa May como todos os parceiros europeus desejam que o acordo de retirada do Brexit seja aprovado pelo Parlamento do Reino Unido. No entanto, existe uma forte probabilidade de o acordo ser rejeitado. A consultoria de risco Eurasia Group atribui uma probabilidade de 75% para isso acontecer.

E se for rejeitado?
É o cenário mais temido na Europa e por muitos grupos empresariais no Reino Unido – um Brexit sem compromisso. Deixar a UE em março do próximo ano sem um acordo significaria que as regras da Organização Mundial do Comércio se aplicariam. Isso aumentaria as tarifas e os custos para os produtores e os consumidores.

Qual o impacto económico do Brexit?
As estimativas variam bastante. A fatura final para Londres pode rondar 40 a 60 mil milhões de euros, de acordo com fontes europeias citadas pelo Financial Times. Muitos bancos e fundos de investimento têm assinalado uma possível deslocalização da City, coração financeiro londrino, com receio de perderem o acesso ao mercado interno. Haveria uma enorme perturbação e incerteza, incluindo no mercado de energia, no fornecimento de medicamentos e dispositivos médicos, bem como na indústria automobilística.

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