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Respostas Rápidas: como é que está a economia portuguesa face aos parceiros europeus?

É esperado que a economia portuguesa venha a registar crescimento impulsionado pela recuperação do turismo. Ainda assim, a evolução da economia portuguesa ainda ficará aquém em comparação com os restantes estados membros da União Europeia.
20 Maio 2021, 09h00

Portugal foi o país de entre os 20 Estados-membros da União Europeia (UE) que registou a maior queda na evolução do primeiro trimestre de 2021. Segundo o Eurostat, a média da UE indica um recuo. Além disso, segundo as previsões da Comissão Europeia (CE), Portugal vai crescer, mas menos do que a média europeia. Saiba como está a economia portuguesa face aos parceiros europeus.

Como foi o primeiro trimestre na União Europeia?

Os dados divulgados pelo Eurostat, a 18 de maio, apontam que em média, na Zona Euro a contração da economia foi de 0,6% e na União Europeia foi de 0,4%. Em termos homólogos, a queda da Zona Euro é de 1,8% e a da União Europeia é de 1,7%.

Quais os países que mais sofreram os impactos da crise provocada pela pandemia?

Portugal, Letónia, Eslováquia e a Alemanha foram as economia que mais recuaram. Portugal teve uma contração de 5,4%, uma diminuição de 3,3% face ao trimestre anterior. Por sua vez, a economia letã encolheu 2,6% e a economia da Eslováquia 1,8%. A economia a economia alemã sofreu cedeu 1,7% em cadeia e de 3%.

Os países do sul também registaram descidas, mas menores. Espanha caiu 0,5% em cadeia, enquanto a Itália sentiu uma redução de 0,4% em cadeia.

Existiram estados membros com crescimento no primeiro trimestre de 2021?

Embora a média a UE indique um recuo geral, alguns países cresceram nos primeiros meses do ano. O país mais que mais expandiu foi a Bulgária onde a economia evoluiu 2,5% em cadeia, seguindo-se o Chipre com um crescimento de 2% em cadeia e a Hungria com um avanço de 1,9% em cadeia. A Lituânia viu o seu país crescer em 1,8% em cadeia e a Suécia em 1,1%.

Quais as previsões da Comissão Europeia para o verão?

Na semana passada, a Comissão Europeia anunciou a suas previsões para o trimestre corrente (até junho) e para o verão. O crescimento esperado por Bruxelas para os meses de verão em Portugal (terceiro trimestre) deve chegar a 4%, enquanto a zona euro vai progredir mais rapidamente (4,3%)

Portugal terá o segundo maior ritmo de expansão do PIB da zona euro, apenas superado pela Estónia onde é esperada uma evolução de 5% na economia. Relativamente a Portugal a Comissão Europeia considerou ainda que “a retoma do turismo deverá ganhar velocidade no terceiro trimestre deste ano”. “Não esperamos que o setor atinja o nível de atividade pré-pandemia até final de 2022”, completou a CE.

Portugal vai regressar aos níveis pré-pandemia em 2021?

Não é esperado que o país regresse aos níveis pré-pandemia e o lento crescimento deve-se em grande parte ao tempo em que o turismo esteve estagnado. Segundo a Comissão Europeia, “o enorme setor da hospitalidade de Portugal, em particular o turismo estrangeiro, foi novamente o mais afetado” durante o último confinamento.

Com a inclusão de Portugal na lista de países para onde os britânicos podem viajar sem estarem sujeitos a quarentena no regresso ao país melhoraram as perspetivas para o turismo em Portugal. Mesmo antes do anuncio do executivo de Boris Johnson os sites de viagens sentiam o aumento nos preços das viagens. Depois da informação ter sido revelada o entusiamo continuou e o número de pesquisas por viagens do Reino Unido para Portugal disparou.

Apesar da decisão do Reino Unido vir a trazer esperança para o turismo em Portugal, o sector ainda não espera atingir os números de 2019.

“Se as coisas se mantiverem assim será um Verão que servirá para mitigar os prejuízos, para mitigar os danos causados ao longo destes quase 15 meses, será uma lufada de ar fresco”, referiu Fernando Santos vice-presidente da Associação de Sócios Gerentes das Agências de Viagens e Turismo ao Jornal Económico, completando que “garantidamente não servirá para que as empresas consigam recuperar de todo este tempo sem trabalhar”.

O Algarve continuará a ser a região mais concorrida e aqui o crescimento diferenciado. Segundo o que disse Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em entrevista à JETV, “este verão poderá ser mais interessante que 2019 em alguns concelhos do Algarve”.

 

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