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Respostas Rápidas: o que disse o Chefe do Estado-Maior do Exército sobre Tancos?

A instituição militar nunca deu garantias de que o material militar furtado dos paióis de Tancos, no dia 28 de junho de 2018, correspondia exactamente ao material militar na Chamusca, garantiu o general Rovisco Duarte na comissão parlamentar.
31 Julho 2018, 18h53

O que motivou a realização da comissão parlamentar de Defesa nacional?

O semanário “Expresso” noticiou, no passado dia 14 de julho, que ainda há material de guerra que foi furtado em Tancos que não apareceu, de acordo com uma revelação feita pelo Ministério-Público que contraria as informações divulgadas pelo Exército. Entre o material em falta, incluem-se granadas de gás lacrimogéneo, uma granada de mão ofensiva, e cargas lineares de corte.

Qual a posição do Governo sobre as notícias do “Expresso”?

No passado dia 15 de julho, José Azeredo Lopes, actual ministro da defesa, referiu em comunicado que “todos os esclarecimentos sobre o andamento da investigação (…) só podem ser prestado pelo Ministério Público” por ser este o organismo responsável pela investigação sobre o furto de material militar de Tancos.

Sobre as discrepâncias entre o material encontrado e o material furtado, o Ministério da Defesa não confirmou nem negou a notícia do “Expresso” .

 O que disse o CEME, o general Rovisco Duarte, hoje na comissão parlamentar de Defesa nacional?

Entre o que disse o general Rovisco Duarte, destacam-se quatro ideias:

A instituição militar nunca deu garantias de que o material militar furtado dos paióis de Tancos, no dia 28 de junho de 2018, correspondia exactamente ao material militar na Chamusca.

Uma vez que o material encontrado se encontra à ordem das autoridades judiciárias, o Exército carece de legitimidade para efetuar qualquer tipo de peritagem, o que impossibilita a identificação do material encontrado na Chamusca.

Como o processo está ao abrigo do segredo de justiça, o Exército não poderia, em circunstância alguma, tecer qualquer tipo de comentários sobre a identificação do material encontrado.

O Exército recusou dar ao parlamento a lista com o material encontrado por se encontrar em segredo de justiça. A lista foi elaborada pela Polícia Judicial.

O que disse Azeredo Lopes, 10 dias depois de o material ter sido encontrado, em outubro de 2017?

O material de guerra furtado em Tancos terá sido recuperado no dia 18 de outubro de 2017. Dez dias depois, o ministro da defesa falou pela primeira vez à comunicação social depois de o material ter sido encontrado e congratulou-se com isso. Na altura, disse que foi “extremamente positivo o facto de o conjunto de material de guerra que não tenho sido recuperado, ser recuperado (…)”, especialmente porque foi a primeira vez, em democracia, que tal ocorreu.

Antes, no dia 20 de outubro, o primeiro-ministro António Costa também congratulou a atuação da Polícia Judiciária Militar e da Guarda Nacional Republicana por terem recuperado o material furtado.

O que foi, de facto, encontrado?

A Polícia Judiciária Militar (PJM) recuperou quase todo o material de guerra furtado nos paióis de Tancos, à exceção das munições de 9 milímetros, afirmou à Lusa fonte próxima da investigação. O material roubado foi encontrado na região da Chamusca, em colaboração com o núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, a 21 quilómetros da base militar de Tancos, anunciou a PJM em comunicado. Foram encontradas 44 armas de guerra – anti-carro ou Light Anti-tank Weapon (LAW), granadas e explosivos.

 

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