A China Three Gorges anunciou uma OPA à EDP e à EDP Renováveis. Em que estado está a questão?
O anúncio preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) foi apresentado pela China Three Gorges, acionista da EDP – Energias de Portugal, entidade cujo capital social é integralmente detido, por via indireta, pela China. A intenção de adquirir o controlo sobre a EDP e por conseguinte legitimar o controlo que venha a adquirir sobre a EDP Renováveis levou-a à oferta preliminar também à eólica. O anúncio a 11 de maio sobre a totalidade do capital da EDP, oferecia 3,26 euros por ação, segundo o anúncio preliminar registado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa chinesa justificava que a oferta corresponde um prémio de cerca de 10,8% em relação ao preço médio ponderado das ações no mercado nos últimos seis meses anteriores à data, que era de cerca de 2,94 euros por ação.
O conselho de administração da EDP considerou que o preço oferecido pela CTG foi baixo e, por isso, não recomendou que os acionistas vendam as suas ações ao preço atualmente oferecido”.
No cerne da questão está o facto de a Datang ser controlada pela SASAC, um organismo estatal chinês, tal como a CTG e a China State Grid, acionista da REN. O regulador entende que pode estar em causa a regra europeia do unbundling, que obriga à separação entre as atividades de fornecimento (Datang, Generg e EDP) e de transporte de energia (REN). Em situações idênticas, os reguladores europeus têm imposto remédios como a venda de ativos ou a limitação dos poderes na gestão e dos direitos de voto nas empresas.
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