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Resultados do Deutsche Bank caem 79% no primeiro trimestre para 120 milhões

O banco atribuiu a queda dos resultados e do volume de negócios sobretudo às diferenças das taxas de câmbio, especialmente a revalorização do euro face ao dólar, e às baixas receitas da banca de empresas e de investimento, adiantou o Deutsche Bank,
  • Staff / Reuters
26 Abril 2018, 12h00

Os resultados líquidos do Deutsche Bank caíram para 120 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 79% do que no mesmo período de 2017, informou hoje a instituição.

O volume de negócios desceu para 7.000 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 5% do que no mesmo período do ano passado.

O banco atribuiu a queda dos resultados e do volume de negócios sobretudo às diferenças das taxas de câmbio, especialmente a revalorização do euro face ao dólar, e às baixas receitas da banca de empresas e de investimento, adiantou o Deutsche Bank,

Depois de anunciar os resultados, o novo presidente do Deutsche Bank, Christian Sewing – que em 8 de abril substituiu John Cryan à frente do banco – anunciou “duras decisões”, incluindo a redução do setor da banca de investimento e uma “nova definição do núcleo” do banco.

“Alteraremos agora o curso do nosso banco. Não há tempo a perder”, disse Sewing numa teleconferência e sublinhou que os resultados da entidade pedem “ações imediatas”.

O banco vai concentrar-se no negócio de financiamento e assessoria na Europa.

A partir de 2021, o setor da banca privada e empresarial assim como a filial de fundos de investimento DWS – que saiu de Bolsa há cerca de um mês – deverão representar cerca de metade dos resultados do banco, indicou o presidente.

O negócio nos Estados Unidos e na Ásia será reduzido, onde não haja atividades transfronteiriças, e as operações de juros nos Estados Unidos sofrerão um corte considerável.

A direção vai analisar detalhadamente o negócio em bolsa em todo o mundo e este será reduzido em alguns setores.

“As nossas raízes estão na Europa – é aqui onde queremos oferecer soluções financeiras globais às empresas e às instituições, e é nisso que nos vamos concentrar ainda mais no futuro”, afirmou Sewing.

Sewing já tinha pedido no dia a seguir ao da tomada de posse uma “mentalidade de caçadores” aos cerca de 97.000 trabalhadores do banco em todo o mundo e anunciado “decisões duras”.

A reestruturação da banca de empresas e de investimento vai supor uma redução de postos de trabalho nas regiões atingidas, apesar da entidade não ter adiantando mais pormenores.

“Estes cortes são dolorosos, mas lamentavelmente inevitáveis se queremos que o nosso banco seja capaz de competir de forma sustentável”, afirmou o presidente.

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