A Retail Industry Leaders Association (RILA), cujos membros incluem empresas como Walmart Inc e Target Corp, anunciou esta sexta-feira,14 de agosto, que se juntou a mais de uma dúzia de grupos comerciais para formar um grupo que tem como objetivo combater produtos que classificam como falsificados em plataformas online como Amazon.com Inc, segundo a “Reuters”.
O grupo, chamado The Buy Safe America Coalition, apoiará a legislação que exige que os mercados digitais verifiquem informações sobre “comerciantes terceirizados” na sua plataforma. Além da RILA, a Toy Association, a American Apparel & Footwear Association, a Fashion Jewelry and Accessories Trade Association e outros grupos da indústria também vão juntar-se ao grupo.
Sobre a decisão da Retail Industry Leaders Association , Michael Hanson , vice-presidente executivo de relações públicas da RILA , apontou que “com o aumento das pessoas que compram online por causa dessa pandemia, parece que isto está a piorar”, referindo-se à quantidade de produtos falsificados.
A legislação apoiada pelas empresas de retalho também visa orientas as empresas a divulgar aos compradores os nomes, números de telefone, endereços comerciais e emails dos seus vendedores de alto volume, segundo a “Bloomberg”. Os senadores Bill Cassidy, republicano da Louisiana, e Dick Durbin, um democrata de Illinois, apresentaram o projeto em março. Os representantes democratas Jan Schakowksy, de Illinois, e Kathy Castor, da Flórida, avançaram uma versão complementar em julho.
“Os retalhistas, muitos deles, estão a lutar pelas suas vidas”, frisou Jan Schakowsky à Bloomberg, que falava sobre o impacto da pandemia do coronavírus nos negócios. “Eu acho que da mesma forma, os consumidores estão realmente à espera de obter as mesmas proteções online” que conseguem ter em lojas físicas, apontou Jan Schakowsky.
A pressão do lobby ocorre num momento em que a Amazon está sob escrutínio de legisladores e da Casa Branca pela venda de itens falsificados.
A Amazon e a Apple reconheceram que alguns produtos falsificados podem ser vendidos nas suas plataformas, mas asseguram que estão a investir em ferramentas para identificar itens falsos. Segundo a “Bloomberg”, a Amazon anunciou em julho que começaria a expor os nomes e endereços comerciais dos vendedores a partir de 1º de setembro.
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