A nova presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, deixou claro que a revisão estratégica do banco central é uma das suas metas para o próximo ano. Na estreia em conferências de imprensa, após a reunião do Conselho de Governadores, a francesa explicou que o processo terá início em janeiro de 2020.
A sucessora de Mario Draghi explicou que “não tem nada de estranho ter uma revisão estratégica”, frisando que a última do BCE foi em 2003 e defendendo que esta deve ser “abrangente” e construída pouco a pouco.
Lagarde sinalizou que “o enorme desafio das alterações climáticas” e da desigualdade deve ser integrada na revisão estratégica do banco central, mas garantiu que irá analisar todas as ferramentas que Frankfurt tem à sua disposição. Explicou ainda que o banco central irá analisar com mais incidência o impacto das moedas digitais.
Christine Lagarde utilizou o mesmo tom do antecessor Mario Draghi para apelar aos países da zona euro com margem orçamental para “agir”, enquanto “nos países onde a dívida pública é alta, os governos devem prosseguir políticas prudentes”. A nova presidente do banco central realçou, à semelhança do seu antecessor, que a política monetária não poderá estimular por si só a economia da zona euro e que os governos devem desempenhar o seu papel.
Questionada sobre se a zona euro está a viver uma ‘japonificação’ da economia, Lagarde assegurou que “não” e que existe uma grande diferença entre o Japão e as empresas e consumidores da zona euro.
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