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Rio alerta que será “derrota para todos” se abstenção não baixar

O líder do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que se os níveis de abstenção em Portugal forem idênticos aos das anteriores eleições Europeias isso representa “uma derrota para todos” e “também não é uma vitória para quem não vota”.
26 Maio 2019, 13h06

“O que mais desejo é que os níveis de abstenção baixem um bocado. Não podemos aspirar a que venha para níveis muito baixos mas, se tiverem os níveis que tiveram da outra vez, perto disso ou mais, é uma derrota para todos e também não é uma vitória para quem não vota”, disse Rui Rio em declarações aos jornalistas depois de votar na junta de freguesia de Massarelos, no Porto.

Para o presidente social-democrata, “as pessoas têm 17 partidos à escolha”, para além de poderem optar pelo “voto branco ou nulo”, pelo que “não se justifica” ficarem sem votar. Quanto ao resultado da noite eleitoral, que vai acompanhar no Porto com o cabeça de lista europeu, Paulo Rangel, Rio afirmou que, “seja qual for está sempre bem, porque é aquilo que o povo quer”.

“Estou na política por serviço. O que o povo quiser está certo”, disse. Rio destacou ainda a importância de votar hoje para o Parlamento Europeu, porque “a Europa está em nossa casa todos os dias”.

“Se pensarmos em decisões que a Europa tomou, ou ajudou a tomar, como a do BES [Banco Espírito Santo] ou do Banif, e no que isso influencia diretamente a nossa vida. Ou se pensarmos nos fundos comunitários, que nos dão desenvolvimento, devemos pensar em aproveitar as oportunidades que temos para ter uma voz na Europa”, vincou.
O presidente do PSD considerou que a mensagem sobre a necessidade de baixar o número de abstencionistas “não passou da forma que devia passar” durante a campanha eleitoral.

“Se me perguntar como se faz, nem eu nem os demais protagonistas temos a fórmula mágica”, reconheceu.
Rio notou que o fenómeno não é exclusivo de Portugal e “tem a ver com muitos fatores”.
O social-democrata referiu “a crise” que a Europa atravessa como “uma situação muito mais difícil do que qualquer outro momento, a começar pelo Brexit”.

O presidente do PSD apontou também “alguma falência do sistema partidário e do regime que tem de ser capaz de se rejuvenescer para se aproximar outra vez das pessoas”. “É uma matéria que me preocupa há muito tempo”, lembrou.
Relativamente ao facto de a noite eleitoral do PSD destas eleições Europeias ser realizada no Porto, Rio observou que é do Porto, tal como Paulo Rangel, e que “tanto faz estar em Bragança como estar no Porto ou em Faro”. “É uma sala”, resumiu.

Rio revelou que vai passar o dia “em casa”, onde vai “ter de trabalhar” devido a “uma série de intervenções” que tem de preparar para a próxima semana.

A expectativa é de tranquilidade, mas, admitiu, “quando chegar ao fim do dia, há sempre alguma expectativa”.
“Somos todos humanos”, explicou.

Questionado sobre se tem dois discursos preparados para a noite eleitoral, Rio respondeu: “Não tenho nenhum, neste momento”.

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