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Risco de segunda vaga da pandemia abala Wall Street

A Tesla esteve a subir depois de anunciar a reabertura de uma fábrica, mas a empresa liderada por Elon Musk acabou por seguir o sentimento pessimista do mercado e fechar com um deslize de 0,23, para 809,41 dólares.
  • Reuters
12 Maio 2020, 21h45

A bolsa de Nova Iorque encerrou a sessão desta terça-feira – 12 de maio – em terreno negativo, invertendo a tendência de ganhos do início das negociações. Em causa estão preocupações dos investidores em torno de uma segunda vaga da pandemia de Covid-19, depois de o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas norte-americano ter alertado para o risco de reabrir a economia cedo demais.

Assim, os três principais índices bolsistas de Wall Street terminaram no ‘vermelho’. O Dow Jones caiu 1,89%, para os 23.764,78 pontos, o financeiro S&P 500 perdeu 2,05%, para os 2.870,12 pontos, e o tecnológico Nasdaq resvalou 2,06%, para os 9.002,55 pontos. Já o Russel 2000 desvalorizou 5,89%, para os 1.273,90 pontos.

“As consequências [dessa reabertura da atividade económica] podem ser realmente graves”, disse o epidemiologista Anthony Fauci no Senado. “Sinto que, se isso acontecer, existe risco verdadeiro de se desencadear um surto que talvez não se consiga controlar”, avisou o especialista, que testemunhou esta tarde no Comité de Saúde.

Os analistas do BPI destacaram a subida da Tesla esta tarde, depois de a empresa automóvel ter decidido reabrir a sua fábrica em Fremont, no estado da Califórnia. No entanto, a fabricante liderada por Elon Musk acabou por seguir o sentimento pessimista do mercado e fechar com um deslize de 0,23, para 809,41 dólares.

Em relação ao mercado petrolífero, o WTI (produzido no Texas) está a subir 5,72%, para 25,51 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a valorizar 0,24% para 29,70 dólares. “O petróleo conseguiu manter os ganhos de ontem, desencadeados pelo anúncio da Arábia Saudita de cortes extraordinários”, explica André Pires, analista da XTB, numa nota de mercado enviada às redações. A influenciar a variação no valor do ‘ouro negro’ está também o relatório e contas da saudita Aramco, divulgado hoje.

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