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Ronaldo, Mourinho, Di María, Falcão e Coentrão. Todos têm um homem em comum

Não é Jorge Mendes … Até hoje, o testa-ferro dos jogadores passou despercebido por muitos. O El Economista teve acesso a documentos que provam que os jogadores acusados de fraude fiscal em Espanha têm um homem em comum.
22 Junho 2017, 16h31

As grandes estrelas de futebol representadas por Jorge Mendes e que estão a ser acusadas de fraude fiscal usam o mesmo testa-ferro, de acordo com o jornal espanhol El Economista.

Segundo a documentação a que o diário teve acesso, o homem em questão chama-se Andy Quinn. É um advogado irlandês, e gerente da empresa ‘Multi & Image Management’ (MIM), que tem sede em Dublin, e que cobra direitos de imagem a jogadores como Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Ángel di María, Fábio Coentrão e Radamel Falcão.

O irlandês é gerente de mais 25 empresas, só na Irlanda, e, de acordo com investigações realizadas até ao momento, essas empresas constroem uma rede de firmas que os atletas têm usado para desviar receitas para paraísos fiscais. De acordo com um conjunto de documentos revelados pelo Football Leaks, em cooperação com o El Mundo no final do ano passado, o esquema foi desenvolvido principalmente por empresas nas Ilhas Virgens, Britânicas e no Panamá.

No primeiro caso, Ronaldo teria operado através de três empresas – ‘Tollin Associates’, ‘Adifore Financeiras’ e ‘Arnel’; Mourinho e Ricardo Carvalho utilizaram a ‘Koper’ e a ‘Alda’. Fábio Coentrão (através da ‘Rodinn’) e Di María (pela ‘Sunpex’) desviaram dinheiro pelo Panamá.

Quinn, para além de ser gerente da MIM, também trabalha para a ‘Gestifute International Limited’, de Jorge Mendes, baseada na Irlanda.

Ángel Di María, a estrela de futebol argentino, declarou-se culpado este semana, num processo de fuga ao fisco espanhol.

Di María joga atualmente no Paris St Germain (PSG) mas foi investigado relativamente ao seu tempo como jogador no Real Madrid e ficou provado que defraudou 1,3 milhões de euros em direitos de imagem entre 2012 e 2013. Foi formalmente acusado e concordou pagar a multa e os impostos em atraso, o que perfaz um valor de dois milhões de euros.

O argentino transferiu os seus direitos de imagem para a ‘Sunpex Corporation’, uma empresa no paraíso fiscal do Panamá. Sunpex cedeu os seus direitos às empresas MIM, de Quinn e à Polaris Sports, também sediada em Dublin, de acordo com os relatórios espanhóis.

 

 

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