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RTP vai acabar com chamadas de valor acrescentado e televendas

“São formas de publicidade que não nos parece terem enquadramento no serviço público”, justificou o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
  • Nuno Artur Silva
23 Julho 2021, 17h45

O secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva disse, esta sexta-feira, que as chamadas de valor acrescentado e televendas iam acabar na RTP.

Durante Conferência Parlamentar RTP sobre “O futuro do serviço público de radio e televisão”, Nuno Artur Silva explicou as alterações que iam surgir na RTP ao nível da publicidade. Depois de referir que a RTP3 ia deixar de ter qualquer tipo de publicidade, acrescentou que “nos outros casos aquilo que faz sentido, na nossa opinião, é acabar com com as chamadas de valor acrescentado e com as televendas”. “São formas de publicidade que não nos parece terem enquadramento no serviço público”, completou.

“Tendencialmente achamos que a publicidade na RTP se deve concentrar sobretudo na RTP 1 que é um canal com conteúdos comerciais onde muitas vezes para serem adquiridos certos conteúdos, o dinheiro que vem da publicidade é um bom contributo para a possibilidade de os ter”, destacou Nuno Artur Silva.

O secretário de Estado referiu que “nos outros canais julgamos que será vantajoso que a tendência seja para a diminuição de publicidade mas posso dizer que fomos sensíveis a observações que foram feitas à nossa proposta de contrato de concessão e achamos que faz sentido não tirar a publicidade na RTP Açores e na RTP madeira, vamos manter nesses canais porque tem a ver com a própria economia local e a possibilidade de eles anunciarem nesses canais e

“Também nos parece razoável a ideia de manter a publicidade nos conteúdos de entretenimento da RTP Play, mas não nos conteúdos da informação”, apontou Nuno Artur Silva.

Relativamente ao financiamento da RTP, o secretário de Estado enalteceu  a estabilidade que a contribuição visual trás à RTP. “Ao contrário das dotações orçamentais que sofrem flutuações consoantes os orçamentos de cada ano, a contribuição audiovisual tem uma estabilidade e dá uma previsibilidade à RTP que é bom e que é do ponto de vista da gestão um bom fator de estabilidade. Acontece que aquilo que foi a base da contribuição do Audiovisual estabelecida foi baixa “, disse.

Para Nuno Artur Silva o bom de governação aplicado à RTP é bom pela “criação de uma separação entre os Governos e a administração” do canal. No entanto, reconheceu existir um “problema com o financiamento da RTP”.

“O problema de ser financiado pela contribuição audiovisual é um problema que temos de ser sensíveis porque se é verdade que o valor [atribuído] é baixo também temos de perceber se os cidadãos neste momento de crise fazem um esforço considerável se na fatura da eletricidade for aumentado a contribuição audiovisual”, afirmou Nuno Artur Silva, acrescentando que “para já há um aumento obrigatório que é o aumento do valor da inflação que tem que ser obviamente executado”

 

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