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Rui Barreto considera “ridícula” a compra de um hospital privado para combater lista de espera para cirurgias

Rui Barreto considera que tem as soluções para melhorar a gestão do serviço público de saúde, referindo que o eixo central do Serviço Regional de Saúde tem de estar no hospital público e não nos hospitais privados.
17 Junho 2019, 14h30

O líder regional do CDS, Rui Barreto, considera “ridícula” a medida do candidato do PS-Madeira às eleições regionais, Paulo Cafôfo, de compra de um hospital privado para combater a lista de espera para cirurgias.

“O PS não oferece confiança porque a única medida que anunciou é a compra de um hospital privado, o que considero uma medida ridícula porque não é com negócios imobiliários que resolve a lista de espera”.

Rui Barreto apresentou esta segunda-feira parte do plano para a saúde do programa de governo do partido, sem poupar críticas ao PS e ao PSD. “O Sistema Regional de Saúde dá sinais de que não está bem, e este governo do PSD não foi capaz de resolver a lista de espera, pelo contrário, agravou-a e mostrou incapacidade para governar a área da saúde”, referiu, recordando que “o número de madeirenses em lista e espera subiu, em quatro anos, de 16 mil para 21 mil.”

O centrista traça linhas do plano do seu partido para resolver o problema das listas de espera em três eixos. Primeiro há que moralizar e disciplinar o Serviço Regional de Saúde, referindo, neste sentido, que o Hospital Dr. Nélio Mendonça é o único que não tem controlo biomédico. Em segundo lugar, é preciso uma gestão profissional das listas de espera, assumindo que num futuro governo, o CDS vai realizar uma auditoria clínica independente ao Serviço Regional de Saúde “para perceber quais são as áreas que estão a falar”. E, em terceiro lugar, “acabar com a promiscuidade entre o setor público e o setor privado”.

Rui Barreto considera que tem as soluções para melhorar a gestão do serviço público de saúde, referindo que o eixo central do Serviço Regional de Saúde tem de estar no hospital público e não nos hospitais privados. “Ma consideramos que deve haver complementaridade entre o público e o privado porque as listas de espera aumentaram muitíssimo”.

O líder da oposição regional sublinha ainda que é preciso aumentar a produtividade do Bloco Operatório público em 25%, ou seja, mais de 3 mil cirurgias por ano, sem esquecer que, para isso, é preciso contratar mais anestesistas e enfermeiros.

Paralelamente, Rui Barreto salienta ainda que é preciso comprar serviços no setor privado.

“É possível, com um investimento de 15 milhões de euros (o valor médio tabelado de cada cirurgia é de 1,3 mil euros), realizar mais 10 mil cirurgias nos hospitais privados que existem na Região. A conjugação destas duas medias permitiria trazer as listas para tempos de espera clinicamente aceitáveis, no espaço de uma legislatura (quatro anos)”.

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