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Rui L. Reis é primeiro europeu a receber Prémio UNESCO de Investigação em Ciências da Vida

O cientista português vai receber 100 mil dólares (85 mil euros) e uma estátua de um artista local, esta sexta-feira em Malabo, Guiné Equatorial.
30 Março 2018, 11h15

Rui L. Reis, diretor do grupo 3B’s do Instituto de Investigação em Biomateriais, Biomiméticos e Biodegradáveis (I3Bs) e vice-reitor para a Investigação e Inovação da Universidade do Minho, é esta sexta-feira agraciado com o Prémio Internacional UNESCO de Investigação em Ciências da Vida 2017.

O prémio, um dos maiores a nível internacional na área das ciências da vida, destaca a investigação neste domínio cientifico que tenha um forte impacto internacional, sendo atribuído pela UNESCO, com o alto patrocínio do Governo da Guiné Equatorial.

O português é o primeiro cientista europeu a receber este galardão, que vê como “mais um estímulo para todo o grupo de investigação” que lidera. “Aceito-o em nome de todos os que de algum modo contribuíram para ele”, sublinhou o cientista, destacando o orgulho de “poder ver reconhecida a investigação que se faz na Universidade do Minho, cada vez mais relevante em termos internacionais.”

Este é o terceiro grande prémio mundial que o investigador da UMinho recebe no último ano, que se junta, assim, às “Contribuições para a Literatura Científica” da Sociedade Internacional de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, e ao “Harvey Engineering Research Award”, da “Institution of Engineering and Technology” (IET), entregue, na semana passada, em Londres.

Rui L. Reis é um dos cientistas do mundo com mais artigos científicos e mais citações por outros autores nas áreas dos biomateriais, engenharia de tecidos humanos e medicina regenerativa. Tem mais de 1050 trabalhos listados na base “ISI Web of Knowledge” (com cerca de 26.500 citações), 980 na “Scopus” (cerca de 29.500 citações) e 1670 na “Google Scholar” (cerca de 41.000 citações). Destes, cerca de 900 são artigos em revistas internacionais com revisores.

Esta sexta-feira foram igualmente distinguidos na Guiné Equatorial o argentino Ivan Antonio Izquierdo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, do Brasil, por descobertas em mecanismos de processos de memória, e a Organização de Investigação Agrícola do Centro Volcani, de Israel.

 

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