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Rui Rio compara Conselho de Ministros a ceia de Natal

O presidente do PSD, Rui Rio, criticou na noite de sexta-feira o facto de haver vários membros do Governo com ligações familiares, comparando o atual Conselho de Ministros a uma ceia de Natal.
9 Março 2019, 10h11

Intervindo durante um jantar com mulheres militantes e simpatizantes do PSD, em Oliveira de Azeméis, Rui Rio lembrou que em três anos e meio o Governo fez seis remodelações ministeriais, mudando dez ministros e 21 secretários de Estado.

“De cada vez que mudou, mais foi afunilando em torno da família socialista. Nunca houve um Governo em Portugal onde quando reúne o Conselho de Ministros parece a ceia de Natal: senta-se o marido e a mulher e, agora, também já se senta o pai e a filha”, notou.

O líder social-democrata referia-se ao facto de o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, ser casado com a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e de a nova ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, ser filha do ministro do Trabalho, Viera da Silva.

No seu discurso, Rui Rio defendeu ainda que o PSD é a única alternativa a um Governo que, segundo o mesmo, tem andando a “enganar” os portugueses, porque diz apenas “meias verdades”.

“Ouvimos o Governo dizer que tem tido uma excelente governação, porque criou mais emprego, e reduziram o défice público, mas falta dizer que são empregos de salários baixos e precários e a redução do défice foi feita à custa de cativações cegas e muito pouco prudentes”, explicou.

O presidente do PSD realçou ainda que nos últimos anos bateu-se o record da história de Portugal em termos de carga fiscal, adiantando que ao mesmo tempo, “nunca se degradou tanto os serviços públicos como agora”.

“Temos o país onde pagamos mais impostos e ao mesmo tempo temos pior serviço público”, vincou.

O líder do PSD considerou ainda que o PCP e Bloco “não têm a legitimidade para dizer mal, como têm dito, do Governo que eles próprios suportam”.

“Como é possível ouvirmos o PS, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda a dizerem mal de si próprio e da coligação que estão a suportar. Dá ideia que o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda não têm nada a ver com aquilo que se passou. Têm tudo a ver, porque se eles não suportassem o Governo, este pura e simplesmente não existia”, afirmou.

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