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Rui Rio defende políticas públicas que “acarinhem” o investimento

Por entre várias críticas à estratégia seguida pelo Governo, o líder do PSD sublinhou a necessidade de apostar no investimento para gerar “mais e melhores empregos” no futuro. Também defendeu a promoção da poupança e o apoio à capitalização das empresas.
15 Janeiro 2019, 17h25

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu hoje a necessidade de políticas públicas que “acarinhem” o investimento, antecipando que os salários não vão melhorar nos próximos anos se o Governo continuar a distribuir tudo o que tem e não apostar no futuro.

“Pretendemos ter daqui por uns anos mais empregos e melhores empregos. A política que tem vindo a ser seguida pelo Governo não vai nesse sentido. É exatamente ao contrário. Distribui no imediato tudo o que tem e não aposta no futuro. Não podemos ter expectativas de, no futuro, ter melhores salários se a política continuar a ser esta”, afirmou o líder do PSD, citado pela agência Lusa.

Rio prestou declarações aos jornalistas no final de uma visita a uma fábrica de rolhas de cortiça em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, que produz 600 milhões de rolhas por ano (cerca de 90% destina-se a exportação). O presidente do PSD aproveitou a oportunidade para reclamar políticas públicas que “acarinhem” o investimento, considerando que “o pouco” que o Governo tem feito nesta área, “vai no sentido inverso”.

“No sentido da carga fiscal, foi aumentar, no sentido da legislação fiscal, foi complicar, no sentido da desburocratização, não fez mal mas também não fez bem, no sentido do funcionamento da justiça, que também é vital para o setor económico, não fez nada”, criticou.

Segundo a Lusa, Rio disse também que os empresários podem estar a usufruir de uma taxa de juro muito baixa, mas têm as empresas “muito descapitalizadas”, lembrando que existe uma baixa taxa de poupança em Portugal. “O Estado tem uma poupança altamente negativa. As famílias têm uma poupança muito baixinha. As empresas é que têm maior poupança, mas mesmo assim estão muito descapitalizadas”, alertou, defendendo que é necessário avançar com políticas para apoiar a capitalização das empresas.

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