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Rui Rio foi ao “Programa da Cristina”, mas não cozinhou nem deixou nenhuma mensagem a Luís Montenegro

Líder social-democrata divergiu de António Costa e Assunção Cristas na demonstração de dotes culinários e explicou a Cristina Ferreira que manter-se em Lisboa continua a ser-lhe difícil, comparando a sua situação com a dos eleitos para o Parlamento Europeu.
  • Programa da Cristina Rui Rio
    Rui Rio fez uma corrida de carros com Cristina Ferreira
11 Dezembro 2019, 12h55

O presidente do PSD, Rui Rio, foi nesta quarta-feira ao “Programa da Cristina” da SIC, seguindo o exemplo de António Costa e Assunção Cristas, dois dos políticos que já foram entrevistados pela Cristina Ferreira, mas logo à entrada no estúdio que simula a “casa” da apresentadora de televisão avisou-a de que não poderia contar com iguarias como a cataplana de peixe do primeiro-ministro ou o arroz de atum da ainda presidente do CDS-PP. “Só sei cozer ovos. Como um ovo cozido todas as manhãs”. disse o líder social-democrata, acrescentando que o seu pequeno-almoço também inclui nozes, iogurte de linhaça e suplementos que seguem uma lógica regional. “Tomo muitas vezes magnésio e vitamina D3. Quando estou em Lisboa tomo zinco, quando estou no Porto tomo selénio”, explicou, justificando a diferença com o estudo que fez dos respetivos benefícios.

Questionado por Cristina Ferreira sobre as dificuldades que sente em deslocar-se a Lisboa, onde não só se encontra a sede nacional do PSD mas também a Assembleia da República, para a qual foi eleito deputado nas legislativas de 6 de outubro, sendo agora o líder do grupo parlamentar social-democrata, Rio admitiu que continua a ser difícil, pois “não sei ser outra coisa que não seja ser sincero”. E comparou a situação à dos eleitos para o Parlamento Europeu. “Talvez conseguisse aguentar ser deputado europeu durante um ano. Mais do que isso não conseguia”, admitiu.

Desafiado a explicar como é a sua relação com Marcelo Rebelo de Sousa, de quem foi secretário-geral quando o Presidente da República liderava o PSD, Rui Rio negou a ideia de que haja profundas divergências entre os dois, reconhecendo que “temos feitios muito diferentes, mas damo-nos bem”. Mas foi com um desabafo de “não me faça essa pergunta” que reagiu à insistência de Cristina Ferreira em saber se preferia almoçar com Marcelo ou com António Costa, preferindo salientar que em certos temas teria necessariamente que falar com o primeiro-ministro.

Após uma reportagem em que recordou lugares importantes da sua infância e juventude no Porto, como o Colégio Alemão e a Faculdade de Economia da Universidade do Porto, e de ser desafiado por Cristina Ferreira para uma corrida de carros telecomandados numa pista colocada no estúdio em que deixou a garantia de que “todas as corridas em que entro são para ganhar”, quando a apresentadora lhe pediu para deixar uma mensagem a Luís Montenegro, um dos dois candidatos que irão disputar consigo a liderança do PSD nas eleições diretas marcadas para 11 de janeiro de 2020, o presidente dos sociais-democratas começou por falar em alemão, acabando por ser bastante cortante quando passou para a língua de Camões: “Já tivemos um debate que, para mim, não foi grande coisa para o PSD. Não foi muito prestigiante. Portanto, é melhor não dizer mais do que já foi dito no debate.”

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