O presidente do PSD, Rui Rio, justificou esta quinta-feira o voto a favor da proposta do BE que impedia mais injeções de capital para o Novo Banco, após aprovação do OE2021 no Parlamento. Rui Rio disse que uma transferência neste montante não pode passar a título gratuito e que no momento em que o Governo o quiser fazer “terá de ser com Orçamento Retificativo”.
“Votei em coerência com o que sempre disse e o que sempre disse é que qualquer transferência que seja feita para o Novo Banco, devemos ter explicações sobre as razões e justeza dessa entrega de dinheiro”, começou por argumentar o líder do PSD. “De preferência”, acrescentou, “essas explicações devem vir acompanhadas com a auditoria independente do Tribunal de Contas está a fazer”.
Rui Rio deixou ainda uma questão aos jornalistas: “Têm a certeza que o contrato com o Novo Banco está a ser cumprido? É que do lado do Estado, o contrato tem que ser cumprido; é preciso saber se o Novo Banco também está a cumprir. Temos a certeza que estas vendas ao desbarato não têm lá menos valias fabricadas?”, questionou.
O presidente do PSD considerou que é tempo de dizer “basta” para o facto dos portugueses estarem a pagar ao Novo Banco. “Ouço comentadores na televisão que andaram anos a fio a dizer que isto era inadmissível e que agora queriam que viabilizássemos estas transferências”.
António Costa lamentou esta quinta-feira que “partidos tenham desertado ou não tenham resistido à tentação populista de aprovar medidas que podem ameaçar a credibilidade internacional”. A medida que trava a transferência de 476 milhões para o Novo Banco foi aprovada pelo PSD, BE, PCP, PEV e Joacine Katar Moreira, com a abstenção do CDS e PAN e os votos contra do PS, IL, Chega e Cristina Rodrigues.
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