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Rui Rio: “Parlamento mantém-se fechado sobre si próprio e tem medo do povo”

“A comissão fica tal como está e quando se vir num relatório se alguém está compatível ou incompatível foi um deputado que o fez sob outro deputado, muitas vezes sob o mesmo partido”, alertou o líder do PSD.
  • JOSE COELHO/LUSA
10 Julho 2020, 16h19

O líder do PSD, Rui Rio, comentou esta sexta-feira, dia 10 de julho, a recusa do Parlamento das propostas que tinham como objetivo introduzir cidadãos nas comissões parlamentares de inquérito, para que estes pudessem ajudar a definir se determinado deputado é compatível ou não para o cargo. Perante a rejeição das propostas, o presidente do PSD garantiu que “o parlamento mantém fechado sobre si próprio” e tem “medo do povo”.

“O Parlamento mantém-se fechado sobre si próprio e tem medo de uma coisa, tem medo do povo, não quer que aqui haja qualquer outra espécie de participação”, referiu Rui Rio.

“Entendíamos que esta comissão deveria ser composta maioritariamente por personalidades de fora , embora escolhidas naturalmente pelo parlamento”, lembrou o líder dos democratas. “O parlamento recusou liminarmente nisto, a comissão fica tal como está e quando se vir num relatório se alguém está compatível ou incompatível foi um deputado que o fez sob outro deputado, muitas vezes sob o mesmo partido”, alertou.

Para Rui Rio, a alternativa do PSD faria com que os deputados não fossem “juízes em causa própria, para que não seja um deputado, normalmente até do meu próprio partido, que vai dizer se eu tenho alguma incompatibilidade ou se tenho algum impedimento”.

Apesar da decisão, o presidente do PSD mantém a posição de que é importante “introduzir obrigatoriedade nessas comissões parlamentares de inquérito, haver a presença de personalidades independentes que não decidiam, não votavam porque não são deputados, isso é evidente, mas participavam nos trabalhos, faziam propostas”.

“Determinaria maior isenção destas comissões de inquérito e uma valorização e credibilização”, apontou Rui Rio.

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