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Rússia concede a Edward Snowden direitos de residência permanente

“A autorização de residência [russa] estava a expirar e pedimos para prorrogá-la”, contou Anatoly Kucherena, advogado de Edward Snowden sublinhando que o processo demorou mais tempo do que o habitual a obter o documento devido à pandemia.
  • Piaras Ó Mídheach/Web Summit
22 Outubro 2020, 16h03

A Rússia concedeu ao denunciante americano Edward Snowden direitos de residência permanente, avançou a “Reuters” esta quinta-feira, 22 de outubro.

“A autorização de residência [russa] estava a expirar e pedimos para prorrogá-la”, contou Anatoly Kucherena, advogado de Edward Snowden, à agência noticiosa. Anatoly Kucherena explicou que a pandemia tornou o processo mais longo do que o habitual e que “entregamos os documentos em abril e conquistamos o direito de residência permanente (hoje)”, disse.

Edward Snowden fugiu dos Estados Unidos (EUA) e recebeu asilo na Rússia depois de publicar arquivos secretos em 2013 que revelaram vastas operações de vigilância doméstica, mas também internacional realizadas pela Agência de Segurança Nacional norte-americana, onde o denunciante americano trabalhava.

Desde o sucedido em 2013, o denunciante tem escolhido permanecer na Rússia, contudo o leque de opções de Edward Snowden pode aumentar, sendo que em agosto Donald Trump revelou, em entrevista ao “New York Post” estar a considerar perdoar Edward Snowden pela publicação de arquivos secretos.

Durante a entrevista, o presidente americano apontou que “há muitas pessoas que pensam que ele não está a ser tratado de forma justa e outras acham que ele fez coisas muito más”. “Vou começar a olhar para isso”, garantiu.

Em reação à possibilidade de Edward Sowden obter o perdão dos EUA, Anatoly Kucherena sublinhou, à agência de notícias russa RIA, que “os Estados Unidos não deviam simplesmente perdoá-lo, mas abandonar todos os processos possíveis contra Snowden, sendo que não cometeu nenhum crime”. “Ele estava a agir não apenas tendo em conta o interesse dos cidadãos americanos, mas também o interesse de toda a humanidade”, disse Kucherena.

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