A Rússia negou esta quinta-feira, 22 de outubro, as acusações dos Estados Unidos de que havia tentado interferir na eleição presidencial de 2020, classificando como “infundadas as acusações de hacking”, segundo a “Reuters”.
“As acusações surgem todos os dias. Todas são absolutamente infundadas, não se baseiam em nada”, garantiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Na quarta-feira, 21 de outubro, o diretor dos serviços de Inteligência Nacional dos EUA, John Ratcliffe, garantiu que a Rússia e o Irão tinham obtido informações de registo de eleitores antes da eleição presidencial de 3 de novembro. “Confirmamos que algumas informações de registo de eleitores foram obtidas pelo Irão e pela Rússia”, assegurou Ratcliffe durante a entrevista de imprensa.
John Ratcliffe acrescentou que os funcionários do governo viram “emails enviados pelo Irão que intimidavam os eleitores e incitavam a agitação social para prejudicar o presidente Donald Trump”. As alegações de interferência na eleição presidencial surgem depois das autoridades americanas terem revelado preocupação com a possibilidade de tentarem intervir na corrida à Casa Branca ao descredibilizar o voto antecipado e a difundir desinformação com o objetivo de influenciar o seu resultado.
As acusações contra o Kremlin de tentativa de hacking têm sido frequentes. Só esta semana, é a segunda vez que a Rússia é acusada desta prática. Na terça-feira, 20 de outubro, Reino Unido revelou que hackers russos planeavam atacar os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.
Em comunicado, o governo britânico referiu que “o serviço de inteligência militar da Rússia, o GRU, realizou reconhecimento cibernético contra oficiais e organizações nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2020, antes de serem adiados” e acrescentaram que “os alvos incluíam os organizadores dos Jogos, serviços de logística e patrocinadores”.
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