A Saint-Gobain Portugal informa que propôs a recolocação de mais de uma centena dos funcionários ameaçados pelo fecho da sua subsidiária dedicada à produção de vidro automóvel, a Saint-Gobain Sekurit Portugal, e que aumentou o valor das indemnizações a pagar para 75% acima do valor legal definido para cada trabalhador.
Em comunicado desta sexta-feira, a empresa fez saber que estas propostas foram apresentadas na reunião do mesmo dia entre representantes da Saint-Gobain, dos trabalhadores e da Direção-Geral do Emprego e Relações do Trabalho (DGERT). Na mesma nota, o grupo volta a frisar a irreversibilidade da decisão de encerramento daquele ramo de atividade, face ao acumular de problemas financeiros e operacionais que a pandemia veio agravar.
A firma detalha que a proposta passa pela recolocação dos trabalhadores afetados pelo encerramento da Saint-Gobain Sekurit em 36 postos de trabalho nas empresas grupo em Portugal, 51 em empresas independentes da região de Lisboa e 10 em empresas do grupo em Espanha, o que perfaz um total de 97 postos de trabalho. A estes acrescem ainda seis trabalhadores que poderão ser recolocados na fábrica a instalar pela empresa em Palmela.
Além disto, o grupo contratou técnicos especializados em planos de recolocações que têm vindo a contactar “duas das maiores empresas da região de Lisboa, uma delas em Santa Iria de Azóia, [que] estão a recrutar cerca de centena e meia de operários”, lê-se no comunicado. Tal solução significaria a recolocação no imediato da maioria dos 130 trabalhadores que perderão o seu posto de trabalho. A aceitação destas condições é voluntária, acrescenta a comunicação da empresa, que salienta a importância de um processo rápido, de forma a aproveitar estas oportunidades.
A próxima reunião entre as várias partes está marcada para o dia 28 de setembro, terça-feira, na qual os representantes dos trabalhadores informarão a decisão a que chegaram, após serem consultados os seus representados.
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