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Samsung em mínimos de quatro anos com ameaças de Trump

As fortes tarifas dos Estados Unidos são a última ameaça para a tecnológica Samsung, sendo mesmo visto como o maior golpe para a empresa devido à dependência de clientes chineses.
Samsung
13 Novembro 2024, 08h53

A sul-coreana Samsung pode estar ameaçada perante os riscos que se sentem do outro lado do Pacífico. A maior fabricante de smartphones e também de chips viu as suas ações afundarem esta quarta-feira para o nível mais baixo em mais de quatro anos e meio.

Em termos acumulados, os títulos da Samsung perderam 34% desde o início do ano e as perspetivas não são positivas para o final do ano. Os analistas estão pessimistas e preveem o pior resultado anual da Samsung em mais de duas décadas.

As ações da Samsung estão agora nos 51.700 wons, o valor mais baixo desde 24 de junho de 2020, altura pandémica quando o mercado caiu. A sessão desta quarta-feira marcou ainda a quarta sessão consecutiva de quebra para a empresa mais valiosa da Coreia do Sul.

A causa para esta quebra pode ser atribuível a duas questões centrais: os resultados da gigante de tecnologia sul-coreana ficaram aquém do esperado, algo que não aconteceu com as rivais TSMC e Nvidia; e pelas potenciais tarifas anunciadas por Donald Trump sobre as importações asiáticas.

Esta é a última forte ameaça para a tecnológica, sendo mesmo visto como o maior golpe para a empresa devido à dependência de clientes chineses. Enquanto isso, a Samsung perde também mercado interno, uma vez que a concorrente SK Hynix está a aumentar as vendas de chips de Inteligência Artificial para os Estados Unidos, a par com a Nvidia.

A ameaça de Trump em impor uma tarifa universal de 10% sobre as importações e de 60% sobre produtos chineses pode vir a reduzir a procura por produtos eletrónicos, impactando severamente o mercado asiático.

Já o presidente sul-coreano tinha demonstrado algumas preocupações com a ameaça das tarifas sobre as importações e também pelo impacto que isto possa causar à economia do país.

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