Banco Santander anunciou que colocou uma nova emissão de ações preferenciais contingentes conversíveis em ações ordinárias do Banco, com exclusão do direito de preferência dos seus acionistas e por um valor nominal de 1.500.000.000 euros (1,5 mil milhões de euros).
A colocação acelerada foi dirigida unicamente a investidores qualificados.
A emissão é feita ao par e a remuneração das preferenciais, cujo pagamento está sujeito a certas condições (são subordinadas a condições), também é discricionário. Foi fixado em 4,75% ao ano o juro nos primeiros sete anos, sendo revisto a partir daí todos os cinco anos aplicando uma margem de 409,7 pontos base sobre a Taxa de Mid-Swap (euros) a cinco anos 5-year Euro Mid-Swap Rate).
O Banco Santander solicitará ao Banco Central Europeu a compatibilidade da emissão das ações preferenciais com os instrumentos de capital de nível 1 (additional tier 1) ao abrigo do Regulamento Europeu 575/2013.
Os bancos europeus vão ter emitir títulos que contam para MREL – Minimum Requirements for Own Funds and Eligible Liabilities, ou instrumentos bail-ináveis, num prazo a determinar pelo BCE.
As instituições bancárias têm por isso de ir ao mercado de capitais de forma a cumprirem os novos requisitos relativos a capitais próprios e ativos elegíveis no âmbito do enquadramento relativo à resolução bancária (MREL).
As preferenciais são perpétuas, embora possam ser amortizados em certas circunstâncias, e serão convertidas em novas ações ordinárias do Santander se o banco ou o seu Grupo consolidado apresentasse um rácio de CET1 inferior a 5,1525%, calculado de acordo com o referido Regulamento. O rácio CET1 do Grupo (na versão phased-in) em 31 de dezembro de 2017 foi de 12,26%.
A admissão à negociação das preferenciais será solicitada ao Global Exchange Market (GEM) da Bolsa da Irlanda.
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