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Santander corta 1.100 postos de trabalho em Espanha com compra do Popular

O compromisso negociado permitirá o acesso dos empregados de 55 anos ou mais a uma pré-reforma com 80% do salário, no caso de trabalharem para o grupo há mais de 15 anos. Caso isso não aconteça, o trabalhador pré-reformado receberá uma indemnização paga de uma só vez e um prémio de 2.000 euros por cada triénio como empregado.
12 Dezembro 2017, 21h02

O banco espanhol Santander vai suprimir 1.100 postos de trabalho no quadro da reestruturação em curso na sequência da compra em junho do Banco Popular, anunciaram hoje em Madrid os sindicatos do grupo.

“A reorganização dos serviços centrais do Banco Santander e Banco Popular vai afetar 1.100 pessoas […] através de pré-reformas, na grande maioria” dos casos, segundo um comunicado dos principais sindicatos que negociaram o acordo.

Segundo os representantes dos trabalhadores, uma parte das saídas previstas serão voluntárias.

O compromisso negociado permitirá o acesso dos empregados de 55 anos ou mais a uma pré-reforma com 80% do salário, no caso de trabalharem para o grupo há mais de 15 anos.

Caso isso não aconteça, o trabalhador pré-reformado receberá uma indemnização paga de uma só vez e um prémio de 2.000 euros por cada triénio como empregado.

O acordo foi possível com a ativação, pela primeira vez, do novo mecanismo europeu de salvaguarda dos bancos, destinado a evitar a utilização de dinheiros públicos.

O Santander, primeiro banco da zona euro por volume de capitalização, comprou por um euro, em 07 de junho último, o Banco Popular que, na altura, era o sexto banco espanhol e estava à beira da falência.

O grupo Santander tinha em finais de setembro cerca de 201.000 empregados em todo o mundo, incluindo o Banco Popular que, antes de ser vendido, tinha cerca de 11.400 assalariados.

Não foi anunciado qualquer fecho de agências, mas o plano de reestruturação publicado em junho pelo Santander previa uma “otimização da rede comum de sucursais”.

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