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Santander investigado por fraude fiscal que terá custado cerca de 10 mil milhões de euros à Alemanha

A justiça alemã enviou uma carta ao Santander informando que os espanhóis eram suspeitos de”planear e executar transações” que facilitaram uma “massiva evasão fiscal” entre os anos de 2007 e 2011.
18 Outubro 2018, 12h28

O Banco Santander entrou para uma lista de bancos envolvidos na maior investigação de fraude do pós-II Guerra Mundial, na Alemanha. As autoridades alemãs estão a analisar um plano fraudulento de compra e venda de ações que terá custado cerca de 10 mil milhões de euros aos contribuintes germânicos, segundo uma investigação de vários jornais europeus, como o espanhol “El Confidencial”.

O caso começou em junho, quando a promotoria de justiça da cidade alemã de Colónia abriu uma investigação fiscal no Santander. O papel do Santander no alegado esquema seria o de executar operações no mercado a par do australiano Macquarie Bank e do alemão Deutsche Bank, que também estão sob investigação.

De acordo com a agência noticiosa “Reuters”, que também faz parte deste consórcio de investigação jornalistíca, o Ministério Público alemão enviou uma carta ao Santander informando que os espanhóis eram suspeitos de”planear e executar transações” que facilitaram uma “massiva evasão fiscal” entre os anos de 2007 e 2011.

Através de um porta-voz, o Santander fez saber que o banco está a “cooperar totalmente” com as autoridade alemãs e que a própria instituição já abriu uma investigação interna.  O banco “não tolera um comportamento” que não esteja em conformidade com os regulamentos e leis do mercado em que opera, afirmou o pota-voz.

Esta investigaçãp fiscal, que está a ser seguida por um conórcio de jornais europeus, coordenado pela Correctiv, uma organização jornalistíca alemã, já designou o caso de “Arquivos Cum-ex”.

Ao participar num esquema “cum-ex”, o Santander terá defraudado o Estado alemão em milhares de milhões de euros.

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