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Santander suspende dividendo e Ana Botín reduz salário em 50% devido à pandemia da Covid-19

Banco anunciou que vai criar um fundo de solidariedade de 25 milhões de euros, pelo menos, para combater a pandemia da Covid-19. Este fundo financiado pelas reduções das remunerações dos gestores de topo do banco, bem como pelas contribuições voluntárias dos funcionários do Santander.
24 Março 2020, 12h51

O Santander optou cancelar a remuneração intercalar aos acionistas e, simultaneamente, decidiu rever em baixa os salários dos gestores de topo do banco, incluindo a presidente executiva, Ana Botín, cujo salário será reduzido em 50%. O banco já informou o mercado e fez saber, ainda, que parte da poupança servirá para criar um fundo para apoiar o combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na segunda-feira, o banco já tinha revelado que ia avançar com uma moratória de crédito em Portugal e Espanha, permitindo o adiamento do pagamento de prestação por um período de 6 meses para particulares e de 12 meses para empresas

O conselho de administração do Santander adotou estas medidas para aumentar o crédito para empresas e famílias, segundo o comunicado enviado à CNMV, o regulador do mercado espanhol, na segunda-feira.

Assim, quanto ao dividendo a distribuir relativo ao exercício de 2020, o Santander só o definirá quando o impacto da Covid-19 for conhecido na sua plenitude. O banco pretende atrasar o pagamento relativo a novembro e, posteriormente, consolidá-lo num único pagamento em maio de 2021. No mesmo documento, o Santander fez saber que está “confortável” com o buffer atual de capital. Ou seja, tem uma almofada financeira para cobrir o mínimo exigido pelas autoridades.

Além disso, o banco anunciou que vai criar um fundo de solidariedade para combater a pandemia da Covid-19. Este fundo terá, pelo menos, 25 milhões para gerir, sendo que a verba virá das reduções das remunerações dos gestores de topo do banco, bem como de contribuições voluntárias dos funcionários do Santander.

Nesse sentido, a presidente do Santander, Ana Botín, e o CEO da instituição, José Antonio Alvarez, concordaram em reduzir em 50% a sua remuneração de 2020 e doá-la ao fundo, que ajudará a comprar equipamentos médicos, roupas de proteção e outros equipamentos necessários. Os diretores não executivos terão sua remuneração reduzida em 20%.

Na última semana, a instituição financeira revelou que espera um impacto negativo de 5% nos resultados de 2020, face aos efeitos da pandemia do novo coronavírus, e somente em caso de haver uma recuperação económica imediata.

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