Santander Totta já aprovou 2,2 mil milhões de euros em crédito nas linhas Covid-19

O Santander Totta já aprovou cerca de dois mil milhões de euros em crédito ao abrigo das linhas Covid-19. A revelação foi feita esta terça-feira por Pedro Castro e Almeida, CEO da instituição financeira, em audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF).

“Nestas linhas já estão nas contas dos clientes 32 milhões em 115 operações e já foram emitidos 273 contratos no valor de 273 milhões de euros”, referiu Pedro Castro e Almeida.

O Santander tem aplicado uma taxa média anual de 1,8%, um valor que fica abaixo do que se pratica em Espanha, por exemplo, com spreads entre 3,5% e 4%.

Em Portugal, “os spreads aplicados são entre 1% e 1,5%, a que acresce uma comissão de gestão anual de 0,75%, uma comissão para as SGMs que pode ir de 0,25% a 1,75% do crédito”, explicou. E deu um exemplo de uma operação de crédito a seis anos, no montante de 100 mil euros para uma micro empresa, se considerarmos o custo da garantia. “O cliente paga por ano em média 1,8%”, frisou o CEO do Santander.

Logo em março, o Santander contactou as 155 mil empresas que são suas clientes “para perceber as suas necessidades”, revelou Pedro Castro e Almeida. “Injetámos em março mais de 500 milhões de euros de crédito na economia sem contar com as linhas de crédito”.

Além disso, o Santander manteve os limites de crédito previamente não utilizados disponíveis para os nossos clientes, mantendo o preço, o que no total representou mais seis mil milhões de euros de liquidez à economia.

Ao abrigo da Linha Capitalizar 2018 – Covid-19, que teve uma dotação de 400 milhões de euros, o Santander recebeu 5.390 pedidos, tendo sido aprovados 98,2%. Os 1,8% dos pedidos que acabaram por ser recusados devido a três questões: ou tinham crédito vencido, ou tinham dívidas à Segurança Social ou tinham dívidas ao Fisco.

O banco já tinha começado a dar moratórias aos créditos dos clientes ainda antes da entrada em vigor da moratória pública. Até ao momento, 70 mil clientes do Santander já pediram moratórias, num montante de 7,7 mil milhões de euros. As moratórias são concedidas num dia, revelou Pedro Castro e Almeida.