Na primeira apresentação de Pedro Castro e Almeida como CEO do banco, o Santander Portugal anunciou 500 milhões de euros de lucros em 2018, o que traduz um crescimento de 14,6%.
O Santander Totta teve uma rentabilidade de 12,4%, “somos o único banco com rentabilidade acima do custo de capital”, revelou ainda.
“Passámos a ser o maior banco em crédito e rentabilidade”, anunciou também o presidente do Santander Totta.
“Um em cada 5 novos créditos em Portugal foram feitos pelo Santander Totta”, disse Pedro Castro e Almeida referindo-se ao crédito à habitação e ao crédito a empresas.
As quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação situaram-se em 19,8% e 22%, respetivamente.
“A cultura de riscos e o modelo de governo”, foram destacados como pontos fortes do banco.
O rácio NPE (malparado) foi reduzido para 4% (-1,7 pontos percentuais), revelou na introdução aos resultados, o CEO do banco.
A cobertura do Non Performing Exposure (NPE – definição da EBA para malparado) situou-se em 51%.
Salienta-se no banco um custo do crédito muito baixo de 0,01% o que revela uma ausência de necessidade de provisões/imparidades adicionais.
A nova comissão executiva foi apresentada pelo novo líder do banco do Santander em Portugal. Manuel Preto passou a vice-presidente do banco, Miguel Belo Carvalho, com o private e banca comercial (revela uma aposta no cross selling), Inês Oom de Sousa; Isabel Guerreiro (digitalização); e Amílcar Lourenço. Pedro Castro Almeida fica com o risco e com os recursos humanos.
“Queremos ser o melhor banco em Portugal”, anunciou Pedro Castro e Almeida que admitiu que está apenas a pensar no crescimento orgânico. O CEO do banco quer ser “a melhor plataforma de serviços financeiros em Portugal”.
Para isso o banco vai voltar às contratações de pessoas, mas o perfil vai mudar. “Vamos contratar matemáticos, programadores, analíticos”, disse ainda que vai investir em formação das pessoas.
Contas em 2018: margem sobe 24%
A margem financeira situou-se em 866,3 milhões, subindo 24,3% face a 2017. As comissões cresceram 12,5% face ao período homólogo. O que permitiu uma subida de 9,9% do produto bancário, apesar da queda de 78,1% dos resultados de operações financeiras.
Os custos operacionais subiram 17,6% para 621,1 milhões de euros. O que fez aumentar o cost-to-income para 49,2%.
Manuel Preto, CFO do banco, explicou que se deve a uma alteração do perímetro, pois a integração do Banco Popular só se refletiu em 2018.
Em termos de Balanço, o crédito totalizou 40,4 milhões, baixando 2,4% em relação ao ano anterior.
O banco vendeu 1.000 milhões de euros de carteira de crédito malparado em 2018, essencialmente de crédito a empresas e isso explica a queda de 6% do crédito a empresas.
Já em imóveis venderam 600 milhões de euros “e libertaram provisões para esses imóveis”. O banco tinha 800 milhões de imóveis em carteira e fecharam o ano com 200 milhões de euros.
A libertação de imparidades (impacto positivo de 56,4 milhões) ajudou aos resultados de 500 milhões de euros.
O banco voltou ainda a confirmar que o Banif Bahamas está em processo de liquidação e que tem um custo de 100 milhões para o Santander Totta.
Os recursos de clientes ascenderam a 39,4 mil milhões o que equivale a uma subida de 7,3%, devido a um aumento de 6,3% em depósitos e de 13,2% em recursos fora do balanço.
Em termos de rácio de capital o CET1 fixou-se em 14,4% (fully implemented) com um incremento de 0,23 pontos percentuais em relação ao final de 2007. “Claramente acima dos requisitos mínimos exigidos pelo BCE ao abrigo do SREP”, refere o banco nos resultados.
Em dezembro, o Santander Portugal abriu o seu primeiro WorkCafé “que representa um novo conceito de relação entre o banco e os seus clientes”, anunciou o CEO do banco.
(atualizada)
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com