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Santander Totta sobe lucros em 15,2%, para 263,6 milhões de euros

O banco liderado por António Vieira Monteiro apresentou esta quarta-feira os resultados referentes à primeira metade do ano. A margem financeira fixou-se em 444,1 milhões de euros neste período, aumentando 31,3% nos primeiros seis meses do ano.
  • Cristina Bernardo
1 Agosto 2018, 12h25

Os lucros do Santander subiram 15,2% em Portugal, para 263,6 milhões de euros, no primeiro semestre de 2018, quando comparado com o período homólogo do ano passado.

O banco liderado por António Vieira Monteiro apresentou esta quarta-feira os resultados referentes à primeira metade do ano, onde revelou que, entre janeiro e junho, o produto bancário desta instituição financeira cresceu 19,8% para 658,3 milhões de euros. A margem financeira fixou-se em 444,1 milhões de euros neste período, aumentando 31,3% nos primeiros seis meses do ano. As comissões líquidas subiram 10,8% para 184,4 milhões.

Os resultados de trading caíram 14,8% num ano para 45,6 milhões.

O presidente do Santander Totta afirmou que “o banco continua a evidenciar um contínuo crescimento sustentado da sua atividade”, em conferência de imprensa, na sede em Lisboa.

Segundo a informação divulgada à imprensa, o produto bancário do Santander em Portugal aumentou 19,8% e os custos operacionais 18,1%, o que se traduziu numa ligeira melhoria do rácio de eficiência (menos 0,7 pontos percentuais em relação a junho de 2017) para 46,9%.

Os custos operacionais incluem os custos de integração do Banco Popular, e situaram-se em 309 milhões de euros.

O custos com pessoal também subiram por causa da integração do Popular e das suas subsidiárias. A subida foi de 13,2% para 178,8 milhões.

Os recursos de clientes subiram 21,8%, totalizando 39.516 milhões de euros. Quanto aos depósitos, que representam 85% dos recursos, subiram 21,1% e os fundos de investimento comercializados, sendo que os seguros mantêm uma evolução dinâmica tendo aumentado 25,6%.

Ainda em termos de Balanço o crédito total ascendeu a 41,4 mil milhões, crescendo 25,3% face a junho do ano passado. As quotas de mercado de produção de crédito a empresas e habitação cresceram para 19,7% e 22,3%, respetivamente até final de maio. “O banco é hoje responsável por cerca de um quinto do novo crédito concedido a empresas e para habitação”, diz o banco. O crédito às empresas aumentou 44,5% e aos particulares 13,3% (um crescimento de 13% na habitação e 7,7% no consumo).

O banco destaca o maior equilíbrio na carteira entre particulares e empresas.

Destaque para o facto de o banco ter aumentado a quota de mercado no crédito a PME.

O Santander Totta anunciou ainda que o número de clientes digitais ascendeu a 672 mil, mais 24% do que em igual período do ano passado, e que isso foi impulsionado pelo lançamento de novas funcionalidades nas plataformas digitais.

A qualidade da carteira de crédito traduzida pelo custo do risco do crédito melhorou e 0,09% para 0%. O rácio de stock de ativos problemáticos  Non Performing  Exposure  (NPE) manteve-se nos 4,9%, o que compara bem com os concorrentes.

A cobertura da carteira de NPE caiu 6,6 pontos percentuais para 54,6%.

As imparidades caíram 26,9% para 4,2 milhões em junho face ao período homólogo de 2017.

O rácio de capital atingiu 13,3% na versão fully loaded. Dados do fim de maio. O banco diz que está “claramente acima” dos requisitos apurados pelo exercício SREP do BCE.

No que toca à liquidez o Banco Santander Totta lembra que concluída a fase de acomodação das necessidades de liquidez decorrentes da integração do Banco Popular Portugal, no primeiro trimestre fechou com reservas de liquidez disponíveis para obtenção imediata de liquidez de 9 mil milhões.

Recorde-se que em janeiro iniciou-se o processo de integração do Popular Portugal, com o rebranding das agências e incorporação dos colaboradores.  “Prevê-se que a integração tecnológica ocorra no quarto trimestre”, diz o banco.

O rácio de LCR fixou-se em 186,9%.

(atualizada) 

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