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Santuário do Cabo Espichel. Hotel vai ter de pagar renda mínima de 15 mil euros anuais (com áudio)

A concessão tem a duração de 50 anos e prevê a construção de um hotel, ou alojamento local ou outro projeto com vocação turística no local que conta com seis mil metros quadrados. Investidores têm agora 60 dias para apresentarem as suas propostas.
  • Santuário do Cabo Espichel

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18 Maio 2021, 15h06

O projeto que vencer o concurso para a concessão do Santuário do Cabo Espichel, em Sesimbra, vai ter de pagar uma renda mínima anual de 15 mil euros.

O concurso foi lançado esta terça-feira, 18 de maio, e prevê a concessão durante 50 anos do santuário, imóvel classificado de interesse público desde 1950.

O santuário conta com uma área total de construção de 5.957 metros quadrados (m2), e o investimento a realizar prevê a criação de um estabelecimento hoteleiro, estabelecimento de alojamento local na modalidade de estabelecimento de hospedagem, ou outro projeto com vocação turística, disse hoje o ministério da Economia em comunicado.

A concessão prevê uma renda mínima anual de 15.276 euros. e compreende o bem imóvel pertencente ao domínio privado do município de Sesimbra (Ala Norte) e parte do bem imóvel propriedade da Confraria de Nossa Senhora do Cabo (Ala Sul), isto é, os edifícios do lado esquerdo e do lado direito para quem estiver de frente para a igreja.

“O Santuário do Cabo Espichel, inserido no parque natural da Arrábida, também conhecido como Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua, situa-se no Cabo Espichel, e reza a lenda, que ocorreu, no local, uma aparição de Nossa Senhora. Do primitivo santuário referido pelas Visitações da Ordem de Santiago, nada resta nos dias de hoje. A partir do culto a Nossa Senhora do Cabo e da quatrocentista Ermida da Memória, no século XVIII, D. Pedro II e D. José mandaram edificar um Santuário que perdurou, afeto ao culto, até à transição para o século XX, entrando depois em declínio”, explica o ministério tutelado por Pedro Siza Vieira.

“O Santuário congrega a igreja construída entre 1701-1707, em estilo chão, duas alas de hospedarias edificadas entre 1745-1760, a casa da água datada de 1770 e abastecida por um aqueduto e a casa da ópera, de finais de oitocentos. As duas fiadas de habitações para os romeiros criam duas linhas que conduzem à igreja, acentuando a cenografia do templo, ao mesmo tempo que realçam um jogo de vãos, de cheios e vazios e de claro-escuro através da arcaria e janelas do andar superior, numa arquitetura saloia, mas de grande interesse”, de acordo com a tutela.

Os investidores têm agora 60 dias para apresentarem as suas propostas “que, além de darem uma nova vida a este imóvel histórico, contribuam para a atração de turistas para a região e para a dinamização da economia local”.

Até agora, foram adjudicados a concessão de 18 imóveis no âmbito do Programa Revive (que conta com um total de 49). As adjudicações representam 139 milhões de euros de investimento na recuperação de imóveis públicos e rendas anuais na ordem dos 2,4 milhões de euros.

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