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Saúde: ministro anuncia pagamento de suplemento a enfermeiros, mas greve mantém-se

Adalberto Campos Fernandes cedeu a duas reivindicações dos enfermeiros: um subsídio de 150 euros para os enfermeiros especialistas com retroativos a janeiro e a assinatura do protocolo negocial para a revisão da carreira.
26 Fevereiro 2018, 10h07

Os enfermeiros especialistas vão receber o subsídio de 150 euros mensais, com retroativos desde janeiro, uma das reivindicações da greve marcada para março e que o ministro da Saúde acredita que agora não irá concretizar-se, anunciou o governante. Mas o sindicato já garantiu que a paralisação se vai manter.

Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas no final de uma audição na Assembleia da República sobre Saúde, na qual a greve dos enfermeiros – que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) marcou para 22 e 23 de março – foi um dos temas abordados.

Mas depressa o SEP veio esclarecer que a greve, apesar do anúncio do ministro, se mantém. O SEP mantém, assim, a greve para 22 e 23 de março e garante que só desconvoca a paralisação se as medidas anunciadas forem mesmo concretizadas.

“Estas declarações, ainda que possam ser muito bem intencionadas, não nos vão fazer recuar”, disse à Lusa Guadalupe Simões, dirigente do SEP.

Um dos motivos que o SEP enumerou para a greve foi precisamente a falta de pagamento deste suplemento. O ministro referiu ainda outro ponto que o SEP considerava “legitimamente” que tinha de ser resolvido: a assinatura do protocolo negocial para a revisão da carreira.

Segundo Adalberto Campos Fernandes, “estão criadas as condições para que o diálogo prossiga, como vinha a prosseguir até aqui”. O ministro mostrou-se convencido de que este acordo poderá evitar a greve: “É o nosso desejo. Estamos convencidos”.

“Compreendemos que o SEP tenha feito este pré-anúncio, até para forçar o andamento do processo. Tudo faremos para que não haja nenhuma greve, o acordo seja assinado e o diálogo prossiga”, adiantou.

Agora, o sindicato deixa a “bola” nas mãos do ministério da Saúde. A greve só é cancelada se as medidas anunciadas na sexta-feira vierem mesmo a ser uma realidade.

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