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Saúde: Tempos de espera para consultas e cirurgias terão aumentado em 2018

A Entidade Reguladora da Saúde divulgou, recentemente, que os tempos de espera para consultas e cirurgias agendadas pioraram nos primeiros cinco meses de 2018, mas o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares acredita que os dados relativos ao final do ano do ano passado serão ainda piores.
16 Maio 2019, 10h13

Os tempos de espera para consultas e cirurgias em 2018 ter-se-ão agravado em comparação com 2017, de acordo com declarações do presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Alexandre Lourenço, numa entrevista à “Rádio Renascença” e “Público” publicada esta quinta-feira, 16 de maio.

“Pelo menos em relação a 2017, a expectativa é que os tempos se deteriorem por todos estes efeitos no Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, afirmou.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgou, recentemente, que os tempos de espera para consultas e cirurgias agendadas pioraram nos primeiros cinco meses de 2018, mas o representante máximo da APAH acredita que os dados relativos ao final do ano do ano passado serão ainda piores.

“Devemos aguardar com algum cuidado o relatório do acesso do final do ano de 2018, que será apresentado pelo Ministério da Saúde à Assembleia da República. A expetativa é que os tempos se deteriorem, até porque existiram outros efeitos para além destes cinco meses. Nomeadamente, a redução do horário de trabalho das 40 para as 35 horas nos contratos individuais de trabalho e a greve no final do ano que terá cancelado cerca de 7.000, 8.000 cirurgias”, explicou.

Na mesma entrevista, quando questionado sobre o panorama financeiro e pela confiança nos administradores hospitalares, Alexandre Lourenço considerou também que “falta de dinheiro não existe, porque o dinheiro acaba por aparecer sempre”.

“O que existe é uma desconfiança grande da equipa do Ministério das Finanças no Ministério da Saúde. Nem a ministra da Saúde tem a capacidade para autorizar contratações. Isto é totalmente absurdo”, salientou.

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