Os tempos de espera para consultas e cirurgias em 2018 ter-se-ão agravado em comparação com 2017, de acordo com declarações do presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Alexandre Lourenço, numa entrevista à “Rádio Renascença” e “Público” publicada esta quinta-feira, 16 de maio.
“Pelo menos em relação a 2017, a expectativa é que os tempos se deteriorem por todos estes efeitos no Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, afirmou.
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgou, recentemente, que os tempos de espera para consultas e cirurgias agendadas pioraram nos primeiros cinco meses de 2018, mas o representante máximo da APAH acredita que os dados relativos ao final do ano do ano passado serão ainda piores.
“Devemos aguardar com algum cuidado o relatório do acesso do final do ano de 2018, que será apresentado pelo Ministério da Saúde à Assembleia da República. A expetativa é que os tempos se deteriorem, até porque existiram outros efeitos para além destes cinco meses. Nomeadamente, a redução do horário de trabalho das 40 para as 35 horas nos contratos individuais de trabalho e a greve no final do ano que terá cancelado cerca de 7.000, 8.000 cirurgias”, explicou.
Na mesma entrevista, quando questionado sobre o panorama financeiro e pela confiança nos administradores hospitalares, Alexandre Lourenço considerou também que “falta de dinheiro não existe, porque o dinheiro acaba por aparecer sempre”.
“O que existe é uma desconfiança grande da equipa do Ministério das Finanças no Ministério da Saúde. Nem a ministra da Saúde tem a capacidade para autorizar contratações. Isto é totalmente absurdo”, salientou.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com