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Schroders antecipa contração da economia mundial de 2,9% em 2020

“Este novo cenário de risco assumo uma série de lockdowns no quarto trimestre de 2020, antes de uma vacina ser produzida no segundo trimestre de 2021. Isto vai permitir a retoma da atividade económica no terceiro trimestre de 2021 e vai resultar numa recuperação da economia em forma de ‘W'”.
16 Abril 2020, 15h44

A gestora de ativos Schroders prevê que a economia mundial vai contrair 2,9% em 2020 por causa dos impactos económicos da Covid-19. No entanto, no ano seguinte, as projeções apontam para uma recuperação do crescimento de 6,9%.

No relatório “Global Market Perspective: Economic and asset allocation views” realizado este mês e divulgado esta quinta-feira, a Schroders salienta que “até que uma vacina seja produzida, é provável que surja um novo surto do vírus depois de serem levantadas as medidas de confinamento. Isto poderá quase de certeza causar uma segunda queda da atividade económica com uma segunda onde de lockdowns“.

Para a Schroders, os dados económicos vindos da China indicam a escala da disrupção causada pela pandemia noutras geografias. “O nosso indicador sobre a atividade chinesa revela que a economia contraiu no primeiro trimestre de 2020, pressionada pela queda de 20% das vendas de retalho e da contração de 25% do investimento”.

A gestora de ativos desenvolveu um cenário de risco, no qual assume a retoma da atividade económica no terceiro trimestre deste ano, seguida por uma novas medidas de confinamento no quarto trimestre.

“Este novo cenário de risco assumo uma série de lockdowns no quarto trimestre de 2020, antes de uma vacina ser produzida no segundo trimestre de 2021. Isto vai permitir a retoma da atividade económica no terceiro trimestre de 2021 e vai resultar numa recuperação da economia em forma de ‘W'”.

Neste contexto, a Schroeders antecipa que as políticas orçamentais vão continuar a apoiar a economia. “Em resultado, o crescimento será robusto no final do período, com o reforço da confiança na economia e no consumo”, referiu a gestora de ativos.

No entanto, a Shroeders projeta que os níveis de produção se vão manter voláteis, o que terá reflexos nos salários, prevendo ainda a subida do desemprego e de lay-offs por parte das empresas. “Vai haver muita pressão nos trabalhadores com familiares idosos e, se as escolas encerrarem novamente, também haverá pressão nos trabalhadores com filhos. Isto vai resultar na queda da produção do mercado de trabalho”.

Consequentemente, a rentabilidade das empresas será pressionada, com a Shroeders a antecipar que os lucros caíam cerca de 40% no final de 2020 por comparação com 2019.

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