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Science4you falha entrada na Bolsa de Lisboa

A entrada na Bolsa de Lisboa tinha sido adiada para 8 de fevereiro, mas a empresa de brinquedos didáticos liderada por Miguel Pina Martins não conseguiu o contrato de liquidez com um intermediário financeiro e acabou por desistir do processo. Após a Sonae MC e a Vista Alegre, é a terceira operação em bolsa cancelada nos últimos três meses.
16 Janeiro 2019, 14h07

A Science4you falhou a entrada na bolsa de Lisboa. A empresa de brinquedos científicos e educativos anunciou que a Oferta Pública de Venda (OPV) para entrar na Bolsa de Lisboa não vai avançar, informou esta quarta-feira em comunicado divulgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A Science4you, S.A. (a “Sociedade”) informa que relativamente à oferta pública de venda de até 2.755.102 ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, e de subscrição de até 3.367.346 ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, representativas, respetivamente, de 19,85% e de 24,26% do capital social da Sociedade, após aumento, pressupondo a integral subscrição (a “Oferta”), considerando que na presente data não está verificada a condição a que a Oferta se encontra sujeita, a Sociedade decidiu não formalizar o contrato de liquidez a que é feita referência na adenda ao prospeto da Oferta
aprovada em 14 de Dezembro de 2018″, pode ler-se no comunicado divulgado ao início da tarde desta quarta-feira na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O cancelamento da OPV acontece após, nos últimos três meses, duas empresas terem retirado operações de mercado por falta de procura de títulos. A primeira foi a Sonae MC, que desistiu da operação de entrada em bolsa, depois foi a vez da Vista Alegre que tinha uma operação de aumento de capital, cujo objectivo era elevar a dispersão de capital e ascender ao PSI-20, e que também acabou por desistir por causa das “condições do mercado”.

A oferta da Science4you começou no dia 28 de novembro e tinha como data limite sexta-feira, 14 de dezembro. Inicialmente previa-se que a estreia das ações em bolsa ocorresse no dia 21 de dezembro. No entanto, a 14 de dezembro a empresa anunciou o prolongar da OPV até ao dia 1 fevereiro, com vista a uma estreia na bolsa a 8 de fevereiro.

Nessa altura, a empresa liderada por Miguel Pina Martins explicou, numa adenda ao prospecto enviada à CMVM, referiu que o pedido de prolongamento da oferta estava sustentado na celebração de um contrato de liquidez com um intermediário financeiro.

A operação visava a dispersão junto de investidores de um número máximo de 6.122.448 acções ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal, representativas de 44,11% do capital da empresa de brinquedos, após o aumento de capital e pressupondo a integral subscrição deste aumento. A transação compreendia ainda uma oferta pública de subscrição (OPS) no montante máximo de 8,25 milhões de euros e uma oferta pública de venda (OPV), por parte de um conjunto de actuais acionistas, no montante máximo de cerca de 6,75 milhões de euros, com a subsequente admissão no sistema de negociação multilateral Euronext Growth.

A OPV tinha prioridade até cinco milhões de euros, que correspondia ao mínimo de ações que teriam que ser vendidas para que a oferta fosse eficaz.

[Em atualização]

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