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Se as escolas fecharem “ainda faltarão milhares de computadores”, apontam diretores das escolas públicas

Filinto Lima prevê estar “a chegar às escolas 260 mil computadores”, mas explica que a distribuição de computadores pelos alunos não se faz “de um dia para outro”. “É algo que vai fazer-se nas próximas semanas e nos próximos meses”, afirmou ao Jornal Económico.  
12 Janeiro 2021, 15h02

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, apontou, em declarações ao Jornal Económico (JE), que estão para chegar 260 mil computadores às escolas mas, em caso de os alunos voltarem ao ensino não presencial, “faltarão milhares de computadores”.

“Penso que ao nível do secundário, os computadores a situação pode estar resolvida. Não estará ainda na maior parte dos casos como nos alunos do primeiro ciclo e os do segundo ciclo”, explicou ao JE Filinto Lima, prevendo estar “a chegar às escolas 260 mil computadores”. “Só que isto não é de um dia para outro, é algo que vai fazer-se nas próximas semanas e nos próximos meses”, completou.

Apesar de o número de computadores que está por chegar, o presidente da ANDAEP sublinha que “ainda faltarão milhares de computadores que terão de chegar às escolas para nós cedermos aos alunos”. Até ao momento “foram distribuídos 100 mil computadores maioritariamente pelos alunos do secundário, com ação social escolar , os alunos com mais carências económicas”, explicou Filinto Lima.

Se o ensino não presencial regressar, ao ensino secundário, o representante da ANDAEP afirma que “não será como foi no terceiro período passado que foi durante três meses, será por alguns dias, será por uns dez ou 15 dias e na maior parte já terão os computadores e também a rede WiFi”.

Quanto à posição da ANDAEP sobre o encerramento das escolas, Filinto Lima diz ser “uma hipótese que tem de estar em cima da mesa, mas que não gostaria que se concretizasse”. Considera ser importante esperar pela opinião dos especialistas do Infarmed nesta matéria, mas enaltece que “o fator a ter em conta é sempre a saúde”. Filinto Lima sublinhou ainda que até ao momento as escolas têm sido apontados como lugares seguros.

Esta segunda-feira, o especialista Pasi Penttinen, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), destacou que o encerramento de escolas na Europa é a “medida menos eficaz” contra a covid-19, embora admita possíveis efeitos na redução da transmissão, segunda a agência Lusa.

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