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“Se espalharem a Covid para que servem?”, político japonês pede cancelamento dos Olímpicos de Tóquio

Secretário-geral do Partido Liberal Democrata refere que o cancelamento do evento é uma opção em cima da mesa, numa altura em que o Japão lida com a quarta vaga do coronavírus. Arranque dos Jogos Olímpicos está programado para o dia 23 de julho.
15 Abril 2021, 10h29

Poderão os Jogos Olímpicos de Tóquio ser novamente adiados? A dúvida foi levantada esta quinta-feira, 15 de abril, por Toshihiro Nikai, secretário-geral do Partido Liberal Democrata, em declarações à estação televisiva “TBS”, citada pela “Reuters”.

“Se as Olimpíadas espalharem a infecção [do coronavírus], então para que servem?”, questionou o responsável.

Os receios do membro do governo ganham maior força numa altura em que o Japão enfrenta a quarta vaga da pandemia com um aumento de casos por Covid-19. Nas últimas 24 horas Tóquio registou 729 novos casos, o maior número desde o início de fevereiro.

Além de Tóquio que vai receber os Jogos Olímpicos, também a cidade de Osaka e outras regiões entraram num pré-estado de emergência em abril, com os bares e restaurantes a reduzirem os seus horários de funcionamento.

No entanto, o governo continua com os preparativos do evento que passam por medidas de distanciamento social, além de já ter anunciado que os Jogos Olímpicos que deverão arrancar no dia 23 de julho serão realizados apenas com a presença de público local.

“Vamos realizar (os Jogos) de uma forma que seja viável”, afirmou Taro Kono, ministro encarregado da campanha de vacinação no Japão, de acordo com a “Kyodo News”. O principal conselheiro médico do Japão, Shigeru Omi, reconheceu que a pandemia entrou na quarta vaga no país e o professor da Universidade de Kyoto, Hiroshi Nishiura pediu mesmo para que as Olimpíadas sejam novamente adiadas.

Cancelar ou adiar os Jogos Olímpicos provavelmente não vai prejudicar em demasia a economia do Japão, mas terá um efeito maior no sector dos serviços de Tóquio, frisou um responsável do Fundo Monetário Internacional (FMI) na quarta-feira.

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