“Não tenho qualquer participação na referida empresa nem intervenção na sua atividade. Não tive qualquer influência nem estabeleci qualquer contacto, nem o meu filho alguma vez invocou o seu grau de parentesco, de que pudesse resultar qualquer expectativa de favorecimento pessoal”, declarou José Artur Neves, numa nota hoje enviada à imprensa.
O secretário de Estado da Proteção Civil acrescentou que entendeu “prestar este esclarecimento” por estar consciente da sua “plena dedicação ao interesse público no exercício de funções governativas”.
O jornal ‘online’ Observador escreveu na segunda-feira que o filho do secretário de Estado da Proteção Civil celebrou pelo menos três contratos com o Estado, depois de o pai, José Artur Neves, assumir funções governativas.
No esclarecimento hoje prestado, José Artur Neves lamentou a “utilização de questões relativas à situação profissional” de um familiar, às quais referiu ser “totalmente alheio, e que nada têm a ver com o escrutínio público” da sua atividade como secretário de Estado.
O governante esclareceu que o seu filho “sendo engenheiro, exerce a sua profissão no setor privado e a empresa para a qual trabalha, e onde detém uma participação minoritária, celebrou três contratos para a realização de empreitadas com a Universidade do Porto (um concurso público e um ajuste direto) e com o Município de Vila Franca de Xira (um concurso público)”.
Segundo o jornal Observador, esta situação determina a demissão de José Artur Neves, devido à lei das incompatibilidades, numa altura em que a secretaria de Estado está envolvida na polémica relacionada com as golas antifumo e os ‘kits’ de proteção contra incêndios no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” que já levou à demissão do seu adjunto, Francisco Ferreira.
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