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Secretário de Estado das Finanças: “Não estão reunidas condições para a união bancária”

A revelação foi feita por João Nuno Mendes no encerramento da Cimeira da Recuperação, o último evento da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que decorreu esta quarta-feira em Lisboa.
  • Cristina Bernardo
30 Junho 2021, 19h35

O secretário de Estado das Finanças, João nuno Mendes, afirmou esta quarta-feira que ainda não existem condições para avançar e desenvolver a união bancária, apesar dos progressos feitos durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).

“A presidência portuguesa fez um enorme trabalho sobre o EDIS, o fundo de garantia de depósitos europeu. Mas a verdade é que não estão reunidas as condições para atacarmos a questão da união bancária, para ela ser implementada [a breve prazo]”, revelou João Nuno Mendes no encerramento da Cimeira da Recuperação, o último evento da presidência portuguesa, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Coube ao governante finalizar a conferência que assinalou os progressos e o fim da presidência portuguesa na UE. João Nuno Mendes aproveitou a ocasião para saudar o trabalho da presidência portuguesa, realçando que em matéria de união bancária e união dos mercados de capitais, ainda que sejam temas de carácter “urgente para toda a gente”, há trabalho a fazer.

E foi esse “sentido de urgência” que o governante disse que a presidência portuguesa procurou imprimir. “Nós achamos que deveríamos imprimir, à escala europeia, este sentido de urgência de decisão que tivemos no quadro da pandemia – porque a União Europeia conseguiu ser eficaz – por exemplo nestas duas grandes dimensões, para completarmos, de facto, a nossa união económica”, referiu.

Na sua intervenção, João Nuno Mendes confirmou ter o ambiente de colaboração entre os Estados-membros da UE, durante a presidência portuguesa, sublinhando que “todos os países sabiam que Portugal tinha um ‘focus’ que era a aprovação dos planos de recuperação no prazo mais rápido possível”.

“Isso é inequívoco: todos diziam o mesmo, e acho que tivemos um enorme contributo de todos os países”, acrescentou.

A Cimeira da Recuperação, último evento político da presidência portuguesa, trouxe novamente a Portugal eurodeputados, ministros e comissário europeus, que debateram a recuperação da economia europeia. As regras orçamentais na UE foram o tema central.

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