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“Secretário de Estado enviou por sms o telemóvel do advogado do Benfica” para pressionar colega, revela Augusto Baganha

Ex-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude está a ser ouvido no Parlamento para explicar o término do seu mandato neste organismo.
25 Setembro 2018, 17h41

Na primeira intervenção na audição na comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, Augusto Baganha acusou o Governo de fazer pressões, durante o seu mandato dando como exemplo uma sms enviada por João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto.

“O secretário de Estado enviou por SMS o telemóvel do advogado do Benfica para a minha colega do Conselho Diretivo para que fosse resolvido o processo de interdição do estádio da Luz em julho de 2017 e fê-lo de uma forma… com impulsividade”, referiu Augusto Baganha.

Augusto Baganha afirmou também que o seu conselho diretivo foi alvo de “ataques direcionados” à sua pessoa “de forma dura e ameaçadora, protagonizados por dirigentes de clubes de futebol”, sendo que os mesmos aconteceram de “forma legítima e pública ainda que, por vezes, com excesso de linguagem ofensiva”.

O ex-presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) Augusto Baganha escreveu esta segunda-feira, 24 de setembro uma carta à procuradora-geral da República a denunciar furto de documentos, acesso ilegítimos a computadores e favorecimento ao Benfica, relativos a 55 autos levantados pela PSP e que foram arquivados.

Na carta, a que o Jornal Económico teve acesso, Baganha aponta “factos graves, que eventualmente, consubstanciam ilícitos criminais graves e que, por essa razão, necessitam urgentemente de ser investigados”, admitindo ainda que estes podem estar relacionados com a sua demissão, bem como de Lídia Praça, que era vogal do conselho diretivo (CD) do IPDJ.

 

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