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Sector tecnológico castiga Wall Street numa semana vermelha

A semana terminou com perdas, depois da descoberta da variante Ómicron ter causado preocupações nos investidores. Sectores como o tecnológico e o das viagens foram os mais castigados num dia em que títulos pró-cíclicos, como a banca, também não escaparam às perdas.
3 Dezembro 2021, 21h10

A semana terminou com quedas em Wall Street, depois de um desapontante relatório da criação de emprego e de um discurso a indicar maior agressividade por parte da Fed no curto prazo terem desanimado os investidores.

O Dow Jones fechou a cair 0,17%, recuando até aos 34.580,08 pontos e o S&P 500 perdeu 0,85%, caindo para os 4,538.42. O Nasdaq foi o índice mais castigado perdendo 1,92%, quase 300 pontos, caindo para os 15.085,50.

As três principais praças norte-americanas fecharam assim uma semana de perdas, caindo no acumulado dos últimos cinco dias, com a variante Ómicron a perturbar os mercados.

O dia começou com um relatório do emprego em outubro que ficou muito aquém das expectativas, com a economia norte-americana a criar apenas 210 mil postos de trabalho, significativamente abaixo dos 550 mil esperados pelos analistas. De seguida, James Bullard, o presidente da Reserva Federal de St. Louis, pediu à autoridade monetária norte-americana que mantenha sob controlo o programa de ativos do país, sugerindo uma postura mais hawkish da Fed num futuro próximo.

Estes comentários castigaram particularmente o sector tecnológico e o Nasdaq, com as principais cotadas da área a caírem na sessão. As FAANG (Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google) recuaram entre 0,45% e 2,29%, com a Tesla a juntar-se ao perder 6,40%.

Por outro lado, as cotadas da banca também sofreram, dada a perspetiva de subidas de taxas de juro, o que aperta os lucros dos bancos. Bank of America, Morgan Stanley, JPMorgan Chase e Goldman Sachs desvalorizaram entre 0,73% e 1,78%.

O sector das viagens e turismo também foi fortemente penalizado, dando continuidade à má prestação desta semana. A reimposição de restrições às viagens internacionais e a reintrodução de algumas medidas de contenção nas fronteiras colocam sob pressão títulos como os ligados às principais companhias aéreas norte-americanas, com a United, Delta e American Airlines a recuarem 2,50%, 1,80% e 4,59%.

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