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Segunda fase de construção da Marginal de Luanda custa mais de 123 milhões

A obra da Direção Nacional de Infraestruturas Públicas (DNIP) de Angola, a cargo de uma empreiteira chinesa, compreende uma extensão de 7,8 quilómetros e, a par da via Marginal sudeste, abrange igualmente a reabilitação das vias de acesso ao longo das valas de drenagem.
20 Agosto 2018, 13h39

O Governo angolano relançou hoje a segunda fase de construção da zona sudeste da via Marginal de Luanda, troço Praia do Bispo/Corimba, que durará 18 meses e custará mais de 142 milhões de dólares (123 milhões de euros).

A obra da Direção Nacional de Infraestruturas Públicas (DNIP) de Angola, a cargo de uma empreiteira chinesa, compreende uma extensão de 7,8 quilómetros e, a par da via Marginal sudeste, abrange igualmente a reabilitação das vias de acesso ao longo das valas de drenagem.

Após a conclusão da fase inicial, há quatro anos, e relançada hoje pelo ministro da Construção e Obras Públicas de Angola, Manuel Tavares de Almeida, a obra conta também com a construção do viaduto na intersecção da via marginal sudoeste com a estrada da Samba e de uma passagem aérea de peões.

O valor global do contrato, que prevê igualmente o realojamento das famílias que se encontram ao longo do perímetro do projeto, é de 142.352.693,67 de dólares, em que parte do financiamento está já garantida, disse aos jornalistas o ministro da Construção e Obras Públicas.

“Para esta obra está assegurado o adiantamento. Estamos em fase de negociação para obtenção da linha de financiamento para esta obra. Se for assegurada, pensamos que os 18 meses serão cumpridos. Se não for assegurado o financiamento, teremos que ter paciência”, disse.

Para o governante, o relançamento da obra, que compreende na fase inicial a construção do viaduto na intersecção da via marginal sudoeste com a estrada da Samba, vai melhorar o escoamento do tráfego do centro da cidade para a zona sul de Luanda.

“Todos nós sabemos como é aqui a adjacente à conhecida Estrada da Samba, como é a [estrada] 21 de janeiro. Já estão saturadas e é de extrema importância o relançamento da obra”, indicou.

Segundo Manuel Tavares de Almeida, estão criadas “todas as condições administrativas” para a efetivação da obra, que começa com o viaduto.

“Já temos o visto do Tribunal de Contas, já foi feito o adiantamento ao empreiteiro. Estamos em condições normais para o início de uma empreitada”, afirmou.

Em relação ao realojamento das famílias que se encontram ao longo da orla onde vão decorrer as obras, Hélder Biala, da DNIP, órgão do Ministério da Construção e Obras Públicas, garantiu que o processo de cadastramento das famílias já decorre.

“Estamos a trabalhar com o Governo de Luanda no sentido de cadastrar todas aquelas famílias que têm os seus imóveis ao longo da plataforma de via para podermos dar uma solução inerente ao realojamento delas. Muitas vivem em condições precárias”, assegurou.

Segundo o técnico da DNIP, o viaduto terá uma extensão de aproximadamente 450 metros e vai elevar a estrada da Samba, criando assim uma “intersecção desnivelada”.

“Vamos ter igualmente uma proteção marítima e esta a obra terá também a duração de 18 meses”, concluiu.

O projeto de Marginal da Corimba está incluído no Programa de Investimentos Públicos e na proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2018.

O projeto da nova marginal de Luanda, a sul da capital angolana e umas das grandes obras públicas em perspetiva no país

A obra foi concessionada pelo antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, a 21 de setembro de 2017, cinco dias antes de deixar o poder e publicado no dia seguinte à tomada de posse do novo chefe de Estado, João Lourenço.

No decreto presidencial, Eduardo dos Santos explica a concessão, a favor da Sociedade de Desenvolvimento da Marginal da Corimba (SDMC), com a proposta apresentada pela empresa para o desenvolvimento urbano daquela área.

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