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Segunda fase do projecto de arqueologia subaquática arranca hoje na Praia

A segunda fase do projecto de arqueologia subaquática CONCHA da Cátedra Unesco arranca esta terça-feira, 7, com mergulho no naufrágio do Urânia, (Baia do ilhéu de Santa Maria, na Praia) e contempla ainda escavação subaquática, recolha e análises de peças.
7 Agosto 2018, 08h37

A informação foi avançada pelo coordenador da direcção de Monumentos e Sítios do Instituto do Património Cultural (IPC) Jaylson Monteiro, que explicou que o projecto CONCHA da Cátedra UNESCO – o Património Cultural dos Oceanos visa desenvolver conhecimentos históricos e patrimoniais, no domínio da investigação, salvaguarda e valorização do legado subaquático.

“Durante o mês de Agosto, está prevista a realização de um conjunto de actividades, como mergulhos, escavação arqueológica subaquática, análises das peças, arqueologia terrestre na Cidade Velha, com trabalho, estudo e inventário do espólio do Museu de Arqueologia terrestre”, revelou o responsável citado pela Inforpress, assegurando que o mergulho desta terça-feira, no naufrágio do Urânia conta com a colaboração da Polícia Marítima.

Segundo o coordenador, o mergulho no naufrágio de São Francisco acontece de 14 a 17 deste mês, seguindo-se depois com os trabalhos para Cidade Velha entre os dias 21 e 31 de Agosto.

Sublinhou que no âmbito deste projecto está prevista ainda a realização de uma acção de formação em arqueologia subaquática, destinada as diferentes instituições ligadas às actividades marítimas como a Polícia Marítima, Guarda Costeira, direcção nacional do Ambiente, direcção-geral do Turismo e Transportes, Polícia Judiciaria, Instituto Marítimo e Portuário, escolas de mergulhos, entre outras.

Jaylson Monteiro realçou que a ideia é que as entidades tenham a noção do potencial do património subaquático e o que consiste a arqueologia subaquática de Cabo Verde, de modo a darem o seu contributo na preservação e na prevenção das actividades de fiscalização.

A primeira fase do projecto iniciou-se em Abril deste ano, com o primeiro mergulho em arqueologia subaquática no ancoradouro da Baia de Cidade Velha, seguindo-se para a Urânia (Baía do Ilhéu de Santa Maria, Praia), e baia de São Francisco, onde foi feito a georreferenciação do local.

O projecto CONCHA explica as diferentes formas pelas quais as cidades portuárias se desenvolveram em torno da borda do Atlântico no final do século XV e início do século XVI em relação aos diferentes ambientes ecológicos e económicos globais, regionais e locais.

Para além de organizar oficinas académicas e publicações, o projecto pretende educar, envolvendo o público em pesquisas históricas com uma série de conferências e exposições e auxiliando as instituições públicas no desenvolvimento da conservação do património e do turismo.

Cabo Verde integra o projecto CONCHA, através do Instituto do Património Cultural (IPC), juntamente com a Universidade Pablo de Olavide, Old Dominion University, Observatório do Mar dos Açores, (OMA) – Trinity College Dublin Global, Associação para as Ciências do Mar, Universidade do Norte Mar, Ambiente e Pesca Artesanal, Universidade Federal de Sergipe e Eveha International.

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