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Tensões entre os Estados Unidos e a China voltam a penalizar Wall Street

Segundo a Bloomberg, os EUA estão a estudar a hipótese de restringirem o fluxo de capitais para a China, tendo como alvo os investimentos feitos pelo fundo de pensões do Governo norte-americano. Com esta medida, a administração Trump pretende evitar que o fundo de pensões financie o crescimento económico da chinês   
  • Traders work on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) shortly after the opening bell in New York, U.S., January 3, 2017. REUTERS/Lucas Jackson
8 Outubro 2019, 15h03

Os três principais índices da bolsa de Nova Iorque abriram em queda esta terça-feira, prolongando as perdas que se registaram no final da sessão da véspera. Notícias avançadas pela comunicação social chinesa avançam que a delegação da China poderá abandonar os EUA mais cedo que o que se esperava numa semana em que as duas super-potências económicas têm nova ronda negocial.

Poucos minutos após o toque do sino de abertura da sessão, o S&P 500 caía 0,89%, para 2.912,70 pontos; o tecnológico Nasdaq perdia 0,76%, para 7.666,33 pontos; e o industrial Dow Jones cedia 0,89%, para 26.241,64 pontos.

O vice primeiro ministro chinês, Liu He, vai liderar a delegação chinesa nos EUA mas sem o título de ‘enviado especial’, noticia o “South China Morning Post”. A ausência deste título indica que Liu He não tem um encargo concreto do presidente chinês, Xi Jinping.

Fora das negociações, as tensões comerciais entre os EUA e a China subiram de tom novamente depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter colocado oito empresas chinesas numa lista negra devido às políticas de Pequim face às populações minoritárias.

Segundo a Bloomberg, os EUA estão a estudar a hipótese de restringirem o fluxo de capitais para a China, tendo como alvo os investimentos feitos pelo fundo de pensões do Governo norte-americano. Com esta medida, a administração Trump pretende evitar que o fundo de pensões financie o crescimento económico da chinês

Neste contexto, o analista de mercados do Millennium bcp, Ramiro Loureiro, alerta: “atenção para as empresas como a Alibaba, Tencent, JD.com e Baidu”.

Além disso, a ‘guerra das tarifas’ ainda não terá fim à vista uma vez que os EUA têm previsto um aumento das tarifas às exportações chinesas avaliadas em 250 mil milhões de dólares, incrementando-as de 255 para 30%. A concretizar-se, a China deverá retaliar.

A nível macro-económico, o otimismo das PME norte-americanas está num dos níveis baixos da presidência de Donald Trump. O índice medido pela NFIB desceu mais do que esperado no mês de setembro, caindo de 103,1 para 101,8, abaixo das projeções dos analistas, que apontavam para 102.

Também os preços de produção nos EUA abrandou 2% em setembro face a igual período do ano passado, excluindo os componentes de Alimentação e Energia. Em agosto, os preços de produção tinham registado uma subida de 2,3%.

Preços no produtor norte-americano abrandam, ritmo de subida

Nas empresas, destaque para construtora de carros elétricos NIO que disparou 11% depois de exceder o número de entregas previstas para o terceiro trimestre. A NIO entregou 4.799 unidades, mais 499 automóveis do que o estimado.

Depois das notícias de mortes reportadas devido ao uso de cigarros eletrónicos, e uma semana depois de a PMI entrar no mercado norte-americano com o IQOS, produto de tabaco aquecido, Ramiro Loureiro revela que a Kroger e a Walgreens vão deixar de vender cigarros eletrónicos nos EUA, seguindo as pisadas da Walmart.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está a cair. O Brent cai 0,94%, para 57,80 dólares enquanto o WTA, nos EUA, perde 1,27% para 52,08 pontos.

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