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Sérgio Ávila: “Há um clima de confiança e de grande reforço de investimento privado”

Região Autónoma dos Açores quer manter crescimento do PIB acima da média europeia e aposta em áreas como as novas tecnologias. Candidaturas a investimento privado já superam os 520 milhões de euros.
20 Agosto 2019, 07h27

Quais são os desafios económicos que se colocam à Região Autónoma dos Açores nos próximos anos?
Do ponto de vista macroeconómico, o principal desafio para a Região Autónoma dos Açores passa por manter uma trajetória de convergência com as médias de riqueza do país e da União Europeia. Ao longo dos últimos anos, temos vindo a crescer acima da média da UE e esse princípio de convergência que queremos manter. Para que isso aconteça, o crescimento do PIB dos Açores assenta por um lado no setor primário em que temos maior valor acrescentado (associado à produção e ao desenvolvimento da terra, nomeadamente no setor agrícola e também no que concerne ao setor das pescas e do mar). Por outro lado, é muito importante mencionar o desenvolvimento de novos setores que se estão a consolidar como o turismo e também as áreas ligadas às novas tecnologias que, em conjunto, permitem criar uma estrutura produtiva que tem sido atrativa do ponto de vista do investimento privado, para que o mesmo seja uma alavanca no crescimento e na criação de emprego.

Como é que se poderá atrair o investimento privado num contexto económico tão particular como é dos Açores?
Temos neste momento um sistema de incentivos ao investimento privado, que é mais abrangente e com maior amplitude e está no limite máximo daquilo que é permitido na UE. Esse sistema de incentivo ao investimento privado tem sido a nossa grande aposta do ponto de vista de afetação de recursos públicos nas diversas áreas que referi anteriormente. Neste período, já contabilizamos um valor superior a 520 milhões de euros de candidaturas efetivas de investimento privado, sendo 85% dedicados à exportação de bens e serviços transacionáveis que é aquilo em que deve assentar o nosso crescimento económico. O crescimento económico dos Açores assenta nesses setores que são áreas que produzem bens ou serviços transacionáveis, ou seja, aqueles que não estão limitados na sua comercialização ao espaço geográfico onde são produzidos.

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