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Serie A rejeitou 1,7 mil milhões em 2020 de fundo que investiu 2,7 mil milhões na La Liga

O ano passado e já com os clubes italianos em grande dificuldade, Juventus, Inter de Milão, Nápoles, Lazio, Atalanta, Fiorentina e Hellas Verona rejeitaram venda dos direitos da Serie A por 1,7 mil milhões de euros. Com o acordo em Espanha, de 2,7 mil milhões, fizeram-se ouvir críticas em Itália, sobretudo ao patrão de Cristiano Ronaldo, Andrea Agnelli.
  • 3 – Andrea Agnelli – Juventus, Serie A (Itália)
5 Agosto 2021, 17h12

Uma oportunidade perdida. Com o anúncio do acordo estratégico entre o fundo CVC Capital Partners e a La Liga, que vai permitir uma injeção de 2,7 mil milhões de euros nos clubes da principal liga espanhola, os principais emblemas do futebol italiano lamentam agora ter rejeitado um acordo semelhante que iria permitir um investimento de 1,7 mil milhões de euros.

Recorde-se que a primeira liga espanhola de futebol profissional fechou um acordo estratégico com a CVC Capital Partners, que possibilita que o fundo invista 2.700 milhões de euros na La Liga e passe a deter uma participação de 10%.

Em 2020, o fundo CVC Capital Partners fez a mesma proposta junto da Serie A, mas com um valor substancialmente mais baixo comparando com o acordo espanhol: 1,7 mil milhões de euros. Escreve o jornal desportivo espanhol “Sport” que o fundo CVC Capital Partners tinha mostrado disponibilidade de injetar esse valor em troca de 10% dos direitos da Serie A e ocupar-se da venda e comercialização desta competição tida como uma das ‘Big5’.

Juventus, Inter de Milão, Nápoles, Lazio, Atalanta, Fiorentina e Hellas Verona negaram qualquer apoio a esta possibilidade, recorda a imprensa italiana esta quinta-feira. Curiosamente, Juventus e Inter de Milão viriam a anunciar mais tarde que iriam integrar a efémera SuperLiga Europeia, que acabou por não sair do papel.

O acordo anunciado pela La Liga esta quarta-feira reacendeu a polémica em Itália, tendo em conta que este acordo milionário já tinha sido proposto aos clubes transalpinos em plena pandemia e com os resultados financeiros dos emblemas a demonstrarem essas dificuldades. Em abril, em plena ‘tempestade’ provocada pela SuperLiga Europeia, o presidente do Torino, Urbano Cairo, criticou durante o seu homólogo da Juventus, Andrea Agnelli, acusando-o de sabotar a entrada de fundos na Serie A: “O nosso projeto previa a entrada de fundos estrangeiros na Serie A por cerca de 1,7 ou 1,8 mil milhões de euros. Este dinheiro iria ajudar-nos a superar as graves dificuldades. Agnelli fazia parte do comité interno para a negociação desses fundos”, assegurou este dirigente.

O acordo da La Liga com o CVC Capital Partners, fundo de investimento com sede no Luxemburgo, que já fez operações no sentido de explorar os direitos do Torneio das Seis Nações em Rugby e da Fórmula 1.

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