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Setembro começa ao rubro e promete dias interessantes

Instabilidade que deverá continuar elevada, nomeadamente no tópico da guerra comercial, onde as partes em conflito nem sequer conseguem acertar numa data para o retomar das negociações
  • Reuters/Lucas Jackson
4 Setembro 2019, 12h00

Bom, mas que começo de mês este, seja ao nível do movimento dos índices mas principalmente no campo noticioso. Depois de um fim de semana prolongado nos EUA os motivos de interesse surgiram de vários pontos do globo, desde os dados económicos nos EUA, que reafirmaram o arrefecimento da maioria economia do mundo, à novela do Brexit, que já no final do dia registou mais um desenvolvimento, que deverá resultar numa votação hoje para o adiamento do limite para o processo ou mesmo uma proposta de eleições antecipadas, prometido pelo actual primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Ao nível dos índices o cenário foi todo ele de vermelho ligeiramente carregado, com perdas a variarem entre os -0.69% no S&P500 e os -1,11% no Nasdaq, enquanto que nos sectores a pressão vendedora esteve focada nos industriais e nas empresas tecnológicas, ao passo que os activos refúgios registaram ganhos interessantes, principalmente nas utilities e nas imobiliárias, que amealharam mais de 1,3%. A procura por segurança atingiu também o Ouro que subiu 1,5% de valor para os $1,552 por onça, bastante melhor que os 0,2% de valorização alcançada pelo Yen para os 106.04, outro activo tradicionalmente procurado em tempos de incerteza.

Instabilidade que deverá continuar elevada, nomeadamente no tópico da guerra comercial, onde as partes em conflito nem sequer conseguem acertar numa data para o retomar das negociações. Riscos para a economia que levaram ontem o Presidente do Federal Reserve Bank de St. Louis, a sugerir uma mentalidade mais agressiva por parte do Banco Central norte-americano, com um corte de 0,5% já na próxima reunião.

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