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SIBS, empresa responsável pelo MB Way, diz que não cobra qualquer comissão

A Deco acusa a banca de ter passado a cobrar comissões nas transferências pela app MB Way, mas a SIBS assegura que “podemos desde já adiantar que, neste momento, todas as entidades aderentes ao MB Way mantêm a isenção de cobrança de valores aplicados às transferências MB Way”.
9 Fevereiro 2019, 17h10

A associação de defesa do consumidor Deco acusa a banca de ter promovido a aplicação de transferências imediatas pelo smartphone, o MB Way, e depois  de criar hábito começou a cobrar comissões. A notícia é apenas mais uma “acha para a fogueira” da polémica que está instalada desde que o BPI anunciou que a partir de maio vai começar a cobrar 1,20 euros em comissões oelas transferências realizadas através de MB Way, aplicação (app) criada pela SIBS, gestora da rede Multibanco.

Recorde-se que o MB Way foi lançado sem custos de download e/ ou adesão.

No seguimento do contacto recebido acerca das notícias sobre cobrança das transferências MB Way pelos bancos aderentes, a SIBS veio esclarecer que, “não cobra qualquer comissão pelas operações realizadas na aplicação, respeitando o mesmo comportamento que, aliás, se aplica na Rede Multibanco”. No entanto adverte que as condições comerciais de prestação dos serviços aos clientes são definidas pelos bancos emissores, pelo que é da responsabilidade dos bancos os tarifários aplicáveis na aplicação (app).

“Como todos os serviços que a SIBS disponibiliza aos bancos, seus clientes diretos, cabe a cada um definir de que forma o serviço é prestado aos seus clientes (bancários) e utilizadores, nomeadamente por ser um serviço que tem um valor acrescentado face a outras modalidades de pagamento. As condições de prestação do serviço, deste e de outros, pela SIBS aos bancos não é de caráter público”, explica a empresa liderada por Madalena Tomé.

O bancos anunciaram o MB Way como “uma nova solução, barata e rápida, segura e eficiente”. E, segundo a Deco, agora “que se criou o hábito”, pode estar a assistir-se “ao início da cobrança de comissões por este serviço, nivelando-o pelo custo das transferências imediatas”.

A SIBS no entanto assegura que “podemos desde já adiantar que, neste momento, todas as entidades aderentes ao MB Way mantêm a isenção de cobrança de valores aplicados às transferências MB Way.

Dado que têm surgido questões adicionais em torno deste tema, a SIBS relembra que “o serviço MB Way não serve apenas para fazer transferências imediatas. Permite fazer compras com QR Code ou NFC  (near-field communication) em lojas presenciais ou online, gerar cartões MB Net, fazer levantamentos sem cartão, pedir dinheiro ou dividir a conta”.

Ainda este trimestre, a app num dispositivo móvel permitirá usar os Caixas Automáticos multibanco, para aceder às principais operações, diz a SIBS.

“Apesar de ter sido lançado como uma solução interbancária (a primeira), para que os detentores de cartão (e conta) bancária tivessem o multibanco num smartphone ou tablet, a SIBS lançou o MB Way para que os portugueses tivessem acesso a uma aplicação com pagamentos móveis, que pudessem usar de forma simples, cómoda, rápida e segura”, refere a responsável pela rede multibanco.

A SIBS adianta mesmo que “esse desígnio tem sido cumprido e pode ser comprovado vendo os atuais números: 14 bancos aderentes que cobrem 95% dos cartões bancários nacionais, mais de um milhão de utilizadores que fazem mais de 2,5 milhões de operações por mês”, refere a empresa.

“O âmbito de utilização do serviço tem sido alargado quer por via de integração de novas funcionalidades quer por via de crescimento da rede de comerciantes aderentes, que já ultrapassa os 55 mil, quer por via de integração de cartões não bancários, caso dos cartões-refeição”, refere a entidade.

A SIBS diz mesmo que o MB Way é a natural evolução do multibanco para o mobile.

“Importa referir ainda que, os meios de pagamento são uma das ferramentas que pode ajudar a impulsionar o comércio eletrónico, oferecendo aos consumidores total segurança e conveniência, e, aos comerciantes, uma maior taxa efetiva de compra e fidelização (angariação de novos clientes e fidelizar os já existentes). Por estas razões, o telemóvel tem um papel cada vez mais relevante e presente na vida das pessoas, mantendo-as sempre ligadas e assumindo-se como o canal ideal para impulsionar a economia digital”, salienta a SIBS.

 

 

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