Sindicato do Quadros admite pré-aviso de greve na CGD para dia 24
Depois do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), ter convocado uma greve para o dia 24 no banco público contra a denúncia do Acordo de Empresa (AE) apresentada pela administração, é agora a vez do Sindicato dos Quadros Técnicos e Bancários admitir decretar um pré-aviso de greve na CGD para o próximo dia 24 de agosto. O que a acontecer será a segunda vez em 30 anos que este sindicato convocaria uma greve na banca.
Se o Sindicato dos Quadros avançar para a greve o universo de associados é muito maior.
É que o STEC tem 3.000 associados, ao passo que o SNQTB tem 60.000 associados.
Os quadros bancários decretarem greve é absolutamente raro.
Os sindicatos (o STEC e o SNQTB) consideram que a denúncia do acordo empresa “constitui uma verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores”.
A Caixa apresentou aos sindicatos uma nova proposta de acordo de empresa, sem anuidades e sem promoções automáticas, aos sindicatos, após a denúncia dos actuais entendimentos que mantém com os sindicatos.
As promoções automáticas ocorrem por antiguidade, com a subida dos níveis em que se encontram, sendo que a CGD também conta com promoções obrigatórias por mérito.
“Depois de protelar sucessivamente as negociações de revisão da tabela salarial (em vigor desde 2010), a Caixa, manifestando má fé negocial, apresentou uma proposta arrasadora” onde pretende, eliminar a carreira profissional, as anuidades, o prémio de antiguidade e ainda liberalizar os horários, aumentar a polivalência de funções e dificultar o acesso ao crédito à habitação”, denunciou hoje o STEC citado pela Lusa.
A Caixa Geral de Depósitos defendeu, segundo o Negócios, que está a fazer o que outras instituições financeiras (e o Banco de Portugal, que fez a denúncia no início de 2017 e que só este ano chegou a entendimento com o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários) concretizaram ao longo dos últimos anos.
As novas condições terão efeito a partir de 2020.
